Esse não é um momento ético para fazer isso. É uma coisa que não se faz nem com o pior inimigo”
O governador eleito Ricardo Coutinho (PSB) confirmou, durante entrevista coletiva nesta terça-feira (21) que não nomeou os secretários executivos da Administração e do Planejamento por uma questão de economia. Ele considerou o anúncio da nomeação de todos os concursados da saúde e dos agentes penitenciários feito pelo atual gestor José Maranhão (PMDB) uma tentativa de inviabilizar o seu governo futuro. A medida foi considerada, pelo socialista, um ato mesquinho e desrespeitoso.
“Esse não é um momento ético para fazer isso. É uma coisa que não se faz nem com o pior inimigo. O que ele está fazendo não é contra o futuro o governo é contra o povo. Maranhão está sendo mesquinho e desrespeitoso com a população. Ele teve tanto tempo para fazer isso e porque só agora, a nove dias do final do seu governo saíram essas nomeações”, declarou Ricardo Coutinho.
O governador eleito assegurou que a sua indignação pelo anúncio da nomeação dos concursados não é motivada pelo desejo de não contratá-los, mas porque essa medida pode acarretar no não pagamento dos salários dos novos servidores. “Não é porque eu não quero contratar esses concursados, mas é fundamental que eles entrem no governo com condições de receber seus salários. Mas, se eu não conseguir equilibrar as finanças do estado não vou conseguir pagar a ninguém”, ressaltou.
Ricardo Coutinho salientou que o problema do excesso de servidores e o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00) pode, inclusive, inviabilizar pleitos reivindicados junto ao governo federal. “Se a legislação não estiver sendo cumprida nós ficamos impedidos de fazer convênios e contratos e isso com certeza vai interferir e muito nos pleitos que serão levados ao governo federal”, explicou.
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