UM DEDINHO DE DISCÓRDIA
Tenho amigos fraternos na Unimed, gente como Fábio Rocha, Walter Dantas, João Modesto e até Aucélio de minha geração de Liceu. Por isso relutei em abordar esse assunto, mas acabei por decidir que estaria fazendo um bem e não um mal ao criticar o que anda errado na cooperativa. Isso na minha modesta opinião de cliente. Toda vez que procuro um serviço médico fico à beira de um infarto, tudo porque o sistema digital da Unimed não reconhece meu dedão, nem suas impressões. Perco valiosos minutos enquanto a atendente e a sede da Unimed conferenciam acerca de minhas impressões digitais.
O último incidente aconteceu na terça-feira. Necessitado de alguns exames, mais uma vez meu dedo não batia com a matriz impressa na sede do plano. Foi um Deus nos acuda e eu, na minha rabugice que meus 60 anos me conferem, armei um barraco de dar inveja a qualquer suburbana irritada. Colocaram-me em linha direta com a Unimed e uma nada gentil funcionária me convenceu a ir à sede da empresa renovar minha digital.Como aprendi que digitais são singulares e não mudam com o tempo recusei-me a esse procedimento alegando que o erro era do sistema e não do meu dedo carinhosamente urdido pelos meus pais.MARCOS TAVARES EM : Um Dedinho de Discordia