DELEGADO MANÉ JOSÉ SAI DA VIDA E ENTRA NA HISTÓRIA
Foi com o titulo acima que fizemos uma singela homenagem ao Velho amigo Manoel José, o delegado Mané José. E continuamos dizendo :
Aos noventa e um anos, na sua maioria de serviços prestados à Paraíba, seu torrão natal, como Policial Militar e delegado de diversas cidades, faleceu o Subtenente da Policia Militar Manoel José dos Santos, conhecido e querido como Delegado Mané José, atuando em cidades como Mogeiro, Itatuba, serra Redonda , Mulungu, Caiçara , Duas estradas e Ingá.
Um poeta nato, amava a poesia como amava sua vida militar, um soldado da vida cheio de romantismo, amigo dos amigos, cumpridor dos seus deveres e nunca abusou da autoridade que conquistou com lutas e glórias.
Quando nos encontrávamos, porejávamos poesias, adorava uma boa cantoria de viola, sendo lembrado por muitos participantes da Academia Paraibana de Literatura de Cordel.
Tinha uma deferência toda especial ao famoso porte repentista Manoel de Xudu , seu amigo particular ao qual rendemos também na oportunidade uma homenagem com alguns versos de sua autoria.
Segue fotos de alguns momentos da carreira do saudoso militar:
Manoel Xudu Sobrinho, natural de São José de Pilar–PB (1932-1985)
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Dia 13 de março terça-feira
Ano mil novecentos trinta e dois
Pouco tempo depois que o sol se pôs
Mamãe dava gemidos na esteira
Numa casa de barro e de madeira
Muito humilde coberta de capim
Eu nasci pra viver sofrendo assim
Minha dor vem dos tempos de menino
Vivo triste por causa do destino
E a saudade correndo atrás de mim.
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O homem que bem pensar
Não tira a vida de um grilo
A mata fica calada
O bosque fica intranquilo
A lua fica chorosa
Por não poder mais ouvi-lo.
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Quanto é bonito a vaca
Se destacar do rebanho,
Dando de mamar ao filho
Quase do mesmo tamanho,
Lambendo as costas do bicho
Porque não sabe dar banho.
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Minha mãe que me deu papa
Me deu doce, me deu bolo
Mamãe que me deu consolo
Leite fervido e garapa
Minha mãe me deu um tapa
E depois se arrependeu
Beijou aonde bateu
acabou a inchação
Quem perde mãe tem razão
De chorar o que perdeu
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Voei célere aos campos da certeza
E com os fluidos da paz banhei a mente
Pra falar do Senhor Onipotente
Criador da Suprema Natureza
Fez do céu reino vasto, onde a beleza
Edifica seu magno pedestal
Infinita mansão celestial
Onde Deus empunhou saber profundo
Pra sabermos nas curvas deste mundo
Que Ele impera no trono divinal.
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O meu amor pelo campo,
Cada vez mais, continua.
Eu não troco a claridade
Embaraçada da lua
Pelas lâmpadas de mercúrio
Que clareiam aquela rua.
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A arte do passarinho
Nos causa admiração:
Prepara o ninho no feno,
No meio, bota algodão
Para os filhotes implumes
Não levarem um arranhão.
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Uma galinha pequena
Faz coisa que eu me comovo:
Fica na ponta das asas,
Para beliscar o ovo,
Quando vê que vem, sem força,
O bico do pinto novo.
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A vaca que quer dar cria
Se desgarra do rebanho
Tem, às vezes, um bezerro
Que é quase do seu tamanho,
Depois do parto inda o lambe
Por não poder dar-lhe o banho.
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O mar se orgulha por ser vigoroso,
Forte, gigantesco, que nada lhe imita,
Se ergue, se abaixa, se move, se agita,
Parece um dragão, feroz e raivoso,
É verde, azulado, sereno, espumoso,
Se espalha na terra , quer subir pra o ar,
Se sacode todo querendo voar,
Retumba, ribomba, penera e balança,
Nem sangra, sem seca, nem pára, nem cansa,
Nos dez de galope na beira do mar.
Eterna Saudades daquele que convivi, que me ensinou os primeiros passos ou seja acompanhou,me ensinou a nadar , a respeitar o ser humano, seja ele quem fosse foi o meu primeiro educador ,sabendo que pessoas deste quilate não morre, mas passa deste plano terrestre , para o espiritual, que Deus, acolha o guerreiro da paz, na paz celestial, vava em nome da minha família, meu muito obrigado,realmente meu pai sai da vida para entrar na historia,matéria que ele admirava , junto coa poesia suas duas paixões depois de deus, família, trabalhos e amigos…
Parabéns Vavá, pela homenagem merecida ao nosso Pai e Eterno Herói. Agradeço a Deus, os amigos,população ingaense e meus Comandantes Cap. Adelson e Ten. Silveira, pela justíssima homenagem no dia da viagem e sepultamento de nosso Pai, que justo no dia 25 de dezembro de 2018 estava completando 60 anos de Casado. Deus no comando sempre…
Parabéns Vavá pela justíssima homenagem ao meu Pai que tanto fez exercendo a sua função como Delegado de policia em várias cidades do nosso estado, principalmente aqui no Ingá e pela sua dedicação na criação e educação dos seus 9 filhos. Meu pai morreu no dia 25 (Natal), dormindo e em paz, aos 91 anos de idade, dia em que se casou com a minha mãe e dia do nascimento de Jesus Cristo. Agradeço ao Senhor Jesus Cristo por todo esse tempo que o tivemos ao nosso lado e que o mesmo o coloque em um bom lugar. Amém
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