O TROCO
MARCOS SOUTO MAIOR (*)
As cidades, antigamente, eram abastecidas de alimentos pelos mercados públicos, também conhecidos por feiras livres, onde um determinado dia era escolhido para os produtores trazerem suas mercadorias na praça. Afora o dia da feira, funcionavam as mercearias que trabalhavam todos os dias.
Geralmente, as lojas eram sempre um galpão comprido, localizado na rua principal da cidade e próximo do local da feira, com portas altas de duas bandas, para facilitar a abertura e melhor visibilidade. Balcão único que tomava de lado a lado e o atendimento feito pelo próprio dono do venda e seus familiares. Um empregado de fora apenas para despachar os pedidos pesados. Do lado de dentro do balcão, os sacos de feijão, arroz, açúcar, café em pó, mantas de carne de charque salgada e, barrica de bacalhau salgado, este hoje sendo alimento dos ricos. Demais produtos eram estocados, em meio a uma balança com dois pratos de metais: um colocava o produto e outro o peso.Continue a ler »O TROCO ( Marcos Souto Maior)