A excitação feminina está longe de ser um assunto simples e uma pesquisa recente indica que essa é uma questão ainda mais complexa por estar diretamente ligada ao cérebro. Ao contrário do que muita gente pensava, a mente das mulheres trabalha muito mais quando elas estão excitadas do que a dos homens na mesma condição. 

 
Os pesquisadores indicam que o cérebro feminino é mais ativo do que o masculino  quando estimulado sexualmente
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Os pesquisadores indicam que o cérebro feminino é mais ativo do que o masculino quando estimulado sexualmente

O estudo científico publicado no “Journal of Sexual Medicine” foi realizado por pesquisadores da Universidade McGil, no Canadá. Os estudiosos fizeram um experimento com 20 homens e 20 mulheres, entre 18 e 31 anos, mostrando pra eles cenas de filmes eróticos e, depois, cenas de uma série de comédia. Enquanto isso, cérebro de cada uma dessas pessoas era analisado por duas máquinas.

A primeira, de ressonância magnética, rastreava a estimulação dos cérebros, enquanto a segunda media os níveis de excitação através de uma câmera que buscava sinais de calor nos órgãos genitais dos participantes.

Os resultados foram comparados entre si e, embora a diferença entre o estímulo cerebral masculino e feminino não tenha sido muito grande, os cientistas conseguiram observar que as mulheres apresentavam níveis mais altos de atividade cerebral quando ficaram excitadas do que os homens. 

“Talvez a classificação das mulheres sobre suas respostas à excitação sexual possa ser mais influenciada pelas características visuais dos estímulos eróticos do que suas respostas físicas”, afirmam os autores da pesquisa. “O achado foi inesperado porque a maioria das pesquisas anteriores sugeria que as correlações entre a resposta genital e a excitação eram mais fortes para os homens.”

Raciocínio mais rápido 

Não é a primeira vez que a relação entre sexo e a mente humana é estudada. Pesquisadores das universidades de Oxford e Coventry, no Reino Unido, aplicaram testes de fala, visão, coordenação e memória em 73 pessoas para analisar a atividade cerebral de cada uma. 

De acordo com a pesquisa, o grupo composto pelas pessoas que fazem sexo mais vezes ao mês teve resultados dois pontos percentuais mais altos que os das pessoas que afirmaram transar apenas uma vez, e quatro pontos percentuais mais altos do que os de quem disseram nunca fazer sexo. 

Os cientistas ainda não estão certos a respeito do que faz a relação entre atividades sexuais e cerebrais existir, mas sugerem que ela pode estar ligada ao fato de que fazer sexo influencia a liberação de hormônios como dopamina e oxitocina, que transmitem sinais ao cérebro.