Uma eleição que mais parece um script de filme americano. Como todo filme, termina o primeiro turno cheio de surpresas e suspense. Poderia ser “The day After” mas pensando bem, a Roliúde Paraibana lembra a outro bastante conhecido: “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado”.
“O dia seguinte já começou! Que vença o melhor!”
Foi uma eleição marcada pela mistura de terror, pastelão, surpresa e suspense. O filme narra a história adolescentes que atropelam um desconhecido e jogam o corpo no mar, e no outro verão se deparan com um bilhete assustador “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado”. A partir disso muitas coisas entranhas começam a acontecer. Nestas eleição paraibana, várias supressas marcaram essa divina comédia política-pastelão.
Jamais imaginei que Toinho do Sopão seria derrotado com míseros 6.851 votos. Para mim foi uma grande surpresa. Também me surpreendeu ver Hervário Bezerra, líder-mor de Ricardo em todas as últimas batalhas, ficar de fora da Casa de Epitácio Pessoa, assim como Anibal, Rodrigo Soares e Olenka Maranhão, esta última, caiu em desgraça assistindo seu tio ser eleito senador da Paraíba.
Lucélio foi longe, faltou tempo para ganhar esta eleição. Maranhão foi eleito com o menor número de votos dos últimos tempos para o senado. Venceu a fama de jamais ter ganho uma eleição de verdade. Sempre tem a primeira vez, mesmo que isso só aconteça na derradeira fase ou quarta idade.
Basta lembrar que o bom velhinho foi governador por morte de Mariz. Na segunda foi governador pelo domínio do PMDB e tendo como opositor Gilvan Freire. Perdeu a eleição tendo a máquina na mão e seu candidato Roberto Paulino. Perdeu novamente e com a máquina na mão. Perdeu para prefeito de João Pessoa em 2012.
Vital fez seu papel. Contra tudo e contra todos jogou a eleição para o segundo turno ao obter 106.162 votos. O PMDB fez a maior bancada no Congresso Nacional, Veneziano, Hugo Motta e Manoel Júnior.
A pergunta que o povo quer saber de agora em diante: “e agora Vital?”
Se escolher o lado de Ricardo Coutinho e esse ganhar, em 2018 vai enfrentar uma reeleição contra Cássio Cunha Lima e Ricardo Coutinho para o senado. Se escolher ficar com Cássio, em 2018 teoricamente teria uma das duas vagas garantidas na reeleição. No meio do caminho tem a disputa de Aécio e Dilma.
Como cruzar os braços não combina com Vital, a decisão do segundo turno na Paraíba passa pelo PMDB. Ricardo provou que é grande e Cássio vai para sua sexta eleição para governador, invicto, pois já ganhou 5. Foram dois turnos em 2002, no primeiro teve 752.297 votos (47,2%) contra 637.239 (40%) de Roberto Paulino. No segundo turno ampliou para 889.922 votos (51,4%) contra 843.127 (48,6%). Em 2006 foi reeleito governador da Paraíba após vencer José Maranhão numa das mais acirradas disputas do país. No primeiro turno, Cássio obteve 49,67% dos votos válidos, contra 48,74% de Maranhão, uma diferença de 0,93 ponto percentual. No segundo turno teve 1.003.102 votos (51,35%) contra 950.269 votos (48,65%) de Zé Maranhão
Na sua 5ª eleição para governador, Cássio derrotou até então, o imbatível Ricardo Coutinho que jamais havia experimentado uma derrota no executivo (já perdeu para vereador e 2 vezes para vaga na Assembleia). Ricardo perde o primeiro turno e vai para a segunda fase carregando no peito o triunfo da “antipolítica” e seus legados com chances reais de também vencer.
No dia 26 de outubro a Paraíba saberá o fim desta história. Quem viver verá! O dia seguinte já começou! Que vença o melhor!
Espero que a laranja apodreça em vinte dias é tempo suficiente.
Faltou citar: Luciano Agra, Nonato Bandeira, Bira, Rodrigo Soares, Mineral, Batinga, Vituriano, todos com resultados pífios.
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