Pastor é alvo de operação que investiga esquema de fraude em royalties; ele diz ser vítima de “retaliação” por ser a favor de uma “justiça independente”
Alvo de um mandado de condução coercitiva, o pastor Silas Malafaia chegou à sede da superintendência da Polícia Federal em São Paulo por volta das 16h para prestar depoimento. Ele é investigado pela Operação Timóteo, deflagrada hoje pela Polícia Federal (PF) e que investiga irregularidades em cobranças de royalties e exploração mineral.
Antes de iniciar o depoimento, Malafaia falou com jornalistas e disse ter se apresentado voluntariamente à PF. Exaltado, ele disse ser inocente e confirmou ter recebido um cheque no valor de R$ 100 mil de um amigo, que também é pastor, depositado diretamente em sua conta bancária. Segundo o religioso, o valor era referente a uma “oferta” por ter orado, em 2011, por uma pessoa, que agora, descobriu-se que faz parte do esquema criminoso. O montante, garante ele, foi declarado no Imposto de Renda.
“Em 2013, eu recebi em meu escritório o pastor Michael Abud, meu amigo há mais de 20 anos, sobre um membro da igreja dele, que é empresário, para me dar uma oferta pessoal. Ele me deu uma oferta de R$ 100 mil depositado na minha conta, declarado no Imposto de Renda”, disse.
Em relação ao fato de o depósito de sido feito em sua conta pessoal e não na da igreja que faz parte, disse que “é muito fácil” fazer essa diferenciação. “Recebo oferta, como vários pastores. Eu fui na igreja desse pastor Abud, que é meu amigo, em 2011. [Ele disse] ‘Ore aqui por um empresário que está envolvido em negócios’. Eu orei por ele. Em 2013, o Michael Abud me liga e diz: ‘Silas, sabe aquele empresário por quem você orou? Ele quer fazer uma oferta pessoal. Eu não recebi oferta só de R$ 100 mil não. Recebo ofertas até maiores e declaro no Imposto de Renda. Não tem nada escondido, não tem nada oculto. A diferença é que as pessoas dão oferta ou para o pastor ou para a instituição. Muito mais na instituição do que para o pastor”, comentou. O religioso disse que recebe cheques que chegam a R$ 5 milhões.
O pastor reclamou de ter sido convocado para prestar esclarecimentos hoje. “Não sou bandido, não estou envolvido com corrupção, não sou ladrão. Estou indignado. Que Estado de Direito é esse? Sabe o porquê disso? Porque, há dez dias eu falei que sou a favor de uma justiça independente, forte, mas não absoluta. Retaliação, é isso? Querem aparecer em cima de mim?”, falou em tom alto. “Essa é uma tentativa de denegrir, e tem interesses pessoais, porque eu me posiciono, porque eu me coloco. Isso é uma safadeza, uma molecagem. Estou desafiando a provar que estou envolvido com esses canalhas. Metam eles na cadeia”, disse.
Ele assegurou que é impossível saber se as pessoas que depositam dinheiro ou fazem doações são criminosos. “Amanhã, um vagabundo qualquer, um bandido qualquer, um traficante qualquer, um canalha qualquer deposita um cheque na minha ou qualquer igreja. E o cara é descoberto. Quer dizer que o pastor é bandido?”
A respeito de, há alguns meses, ter se posicionado no Twitter a favor das conduções coercitivas, principalmente no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o pastor disse que agora a situação é diferente.
“Acho engraçado os ‘esquerdopatas’. Quando o Lula foi levado coercitivamente, eu botei no Twitter. Tem que levar. Agora, são quantas denúncias contra o Lula? Essa cambada de corrupto e de PT quer me comparar com isso? É uma afronta. Quem está me denunciando? Quem é que foi preso e disse que eu recebia dinheiro? Querem comparar? Tem que ter lógica, gente”, finalizou Malafaia.
* Com informações da Agência Brasil
Fonte: Último Segundo – iG/VAVADALUZ
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Um ladrao da boa fe’ dos imbiotas e um aprovetador dos ganaciosos crentes da teologia da prosperidade.
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