Ricardo sugere que conselheiro do TCE que suspendeu Empreender tem motivações pessoais e políticas
Governador aproveitou oportunidades para alfinetar Catão, que é tio de Cássio Cunha Lima: ‘Não se pode fazer militância política’
Motivações pessoais e políticas. Segundo o governador Ricardo Coutinho (PSB), essas são as causas que levaram o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Fernando Catão, a suspender, por meio de uma medida cautelar, o programa Empreender Paraíba. As declarações foram dadas nesta sexta-feira (10), durante entrevista ao programa Rádio Verdade, da Rádio Arapuan.
“Essa questão é absurda porque não tem conteúdo e eu nunca vi ninguém suspender programa porque não tem transparência e eficácia. Fui buscar saber se ele teria alguma opinião, sugestão que pudesse ter nos dado, mas não tem nenhum. Como alguém que é controlador das coisas públicas não pode dar uma diretriz”, afirmou Ricardo Coutinho.
Conforme Ricardo, o conselheiro deveria pedir a sua própria suspeição do caso por conta de interesses políticos. Fernando Catão é tio do senador Cássio Cunha Lima (PSDB), um dos principais adversários políticos do governador. Ainda segundo o gestor, não há provas materiais que amparem a sentença.
“Fui conhecer um pouco os elementos para que ele tomasse uma decisão tão drástica e inesperada como essa, mas não encontrei nenhuma. Não tenho questões pessoais com Catão, o respeito muito, mas não posso deixar de ver que existe uma vontade clara de criminalizar um programa que só faz bem às pessoas”, disse Ricardo.
Apontado como “caixa-preta” do Governo, segundo Catão, o governador rechaçou essa possibilidade, além de cobrar respeito e sugerir que o conselheiro estaria fazendo militância política. “Sinceramente, alguém com a imparcialidade que deveria ter, um conselheiro, alguém diz simplesmente que falta transparência e efetividade e que é uma caixa-preta. Eu não entendo de caixa-preta, eu estou dizendo isso para o senhor Fernando Catão, eu não entendo de caixa-preta, nem gosto de caixa-preta. E respeito é muito bom porque quando vem a gente devolve o respeito. Se tem alguma coisa errada, que digam o que está errado. Agora o que não se pode fazer é militância política”, ressaltou.
Ainda conforme o governador, ele sabe que Catão não tem uma recepção positiva quanto a sua gestão. E aproveitou a oportunidade para alfinetar. “Eu sei que ele não morre de amores pelo governo, já expressa isso publicamente, coisa que não deveria fazer. Quando você assume determinas posições, postos públicos, você tem que ter necessariamente a imparcialidade. A disputa política se deixa para que os outros façam, sejam eles amigos, parentes”, disse Ricardo Coutinho.
Para o governador, se alguém deixou de pagar, as providências necessárias são tomadas. Mas por isso “não se pode criminalizar um programa ou impedir que as pessoas tenham direito ao programa somente porque, supostamente, alguém não concluiu aquilo para qual o dinheiro estava destinado”.
Pode até ser!!!
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