Por
, iG BrasíliaAo deixar de lado textos prontos e se arriscar no improviso, presidente produziu momentos confusos em seus discursos
As confusões de discurso já viraram marca registrada da presidente Dilma Rousseff e, neste ano eleitoral, quando ela precisou mais deixar os textos de lado e se arriscar mais no improviso, não se fez entender em uma infinidade de momentos.
Dilma já celebrizou a expressão “no que se refere”, à qual sempre recorre para introduzir um assunto. A presidente também já é famosa pelo “porquê” retórico, que sempre lhe permite um tempinho a mais para pensar no que virá em seguida.
Apesar disso, não escapou de se enrolar e provocar situações embaraçosas, incompreensíveis e engraçadas ao longo do ano.
Confira memes sobre a vitória de Dilma Rousseff:
Leia também:
De gerente a presidente, Dilma adapta discurso ao cargo e à dinâmica eleitoral
“Eu tenho certeza que o governador Jaques Wagner, com o apoio do seu secretário da Casa Civil, Rui Costa, deixam um legado para o povo baiano de imensa qualidade”, disse Dilma, ainda com o discurso menos truncado.
“Obras das mais variadas, desde obras de mobilidade urbana, como é a solução aí do largo do abacaxi, da via do abacaxi ali, rótula do abacaxi, que virou, segundo eles, quando eu fui lá inaugurar, a rota, uma rota diferente, um rótula diferente, a rótula do quiabo a rota, a rótula que saía abacaxi tranca, o quiabo flui”, disse a presidente, arrancando gargalhadas dos presentes.
Pouco menos de um mês antes, no Ceará, a presidente já havia filosofado sobre a importância dos bodes para o Nordeste ao prometer recursos do Plano Safra para os caprinos.
“Os bodes, eu não lembro qual é o nome, mas teve um prefeito, teve o prefeito de Tejuçuoca e me disse assim: ‘eu sou o prefeito da região produtora da terra do bode’. Então, é para que o bode sobreviva que nós vamos ter de fazer também um Plano Safra que atenda os bodes que são importantíssimos e fazem parte de toda tradição produtiva de muitas das regiões dos pequenos municípios aqui do estado”, prometeu a presidente durante solenidade de entrega de máquinas e equipamentos.
Em meio às sucessivas viagens para inaugurar obras antes do início da campanha, a presidente continuava se confundindo com os estados. No Pará, pensou estar no Ceará. “Aqui no estado do Ceará. Não, no estado do Pará. Desculpa, gente. É que fui pro Ceará, tá? Ontem eu estava no Ceará. Aqui eu não falei uma coisa. Ah, não, falei sim, né?”, disse a presidente, durante cerimônia de anúncio de investimentos em obras de mobilidade urbana para Belém.
No mesmo dia, Dilma se enrolou para explicar a importância do metrô para cidade. “Então, continuando, a gente quer que melhore a rapidez, a segurança, então, nós chegamos à seguinte conclusão: vamos dar prioridade a segregar a via de transporte. Segregar via de transportes significa o seguinte: ou você faz metrô, porque o metrô… porque o metrô, segregar é o seguinte, não pode ninguém cruzar rua, ninguém pode cruzar a rua, não pode ter sinal de trânsito, é essa a ideia do metrô. Ele vai por baixo, ou ele vai pela superfície, que é o VLT, que é um veículo leve sobre trilho. Ele vai por cima, ele para de estação em estação, não tem travessia e não tem sinal de transito, essa é a ideia do sistema de trilho”, disse a presidente.
Em época de campanha, até garantir o pleno acesso a “mangas bem doces” vira promessa. Neste caso, a presidente se esforçou, em Belém para relacionar as obras de mobilidade urbana com o desfrute das mangueiras carregadas da capital paraense.
“De fato, deve ser muito bom morar numa cidade que de repente você pode chuchar uma árvore e cair uma manga na sua mão. É de fato algo que todo mundo quer, é pegar e ter acesso a uma boa manga. E o que me disseram é que as mangas aqui são excepcionalmente doces”, relacionou.
O tema mobilidade urbana ainda fez com que Dilma sugerisse passeios e chopinhos com esposas, maridos, namoradas e namorados. Quando uma pessoa da plateia sugeriu liberdade para passear com a amante, a presidente foi rápida: “Cada um faz o que quer meu filho”, retrucou. Se o Papa disse isso, quem sou eu para dizer o contrário”, justificou.
Houve momentos na campanha em que a presidente aplicou a resposta ensaiada para a campanha na hora errada e acabou se metendo em saia justa, para a alegria de seu adversário, o tucano Aécio Neves. No último debate promovido pela TV Globo, Dilma “recomendou” os cursos do Pronatec e do Senai para uma economista desempregada, sorteada entre os eleitores indecisos para fazer pergunta à candidata.
Leia também:
Dilma sofre para organizar discurso e Aécio mostra ansiedade
Reveja a trajetória de Dilma Rousseff, reeleita presidente da República
“Eu acho interessante Elizabete, que você olhasse entre os vários cursos oferecidos inclusive pelo Senai, que são cursos para pessoas que tem a possibilidade de conseguir um salário ou um emprego melhor se você não acha colocação. Porque eles tem uma carência imensa de trabalho qualificado no Brasil”, disse Dilma perante a economista.
“Se não se fizer qualificação profissional, o que não se consegue fazer? Não se consegue fechar aquela demanda por trabalho, por mão de obra qualificada com a oferta”, explicou a presidente. “Então, o que é o Pronatec? O Pronatec é para garantir que você tenha um emprego adequado a sua situação”, disse Dilma.
Não importa o que eles não façam de bom… Não importa o que mintam… Não importa o quanto cometam fraudes e furtos… O que importa e que a Urna Eletrônica está lá, para garantir que sejam eleitos…
Não é possível comentar.