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Blog do Vavá da Luz

Após fala de Dilma, Planalto divulga nota e nega que vai tirar direitos sociais

Mesa: advogado da presidente afastada, José Eduardo Cardozo e Dilma Rousseff durante julgamento do impeachment
Jane de Araújo/Agência Senado – 29.8.16

Mesa: advogado da presidente afastada, José Eduardo Cardozo e Dilma Rousseff durante julgamento do impeachment

O Palácio do Planalto publicou uma nota na noite desta segunda-feira (29) rebatendo declarações da presidente afastada Dilma Rousseff e do senador Paulo Paim (PT-RS) de que o governo interino deverá retirar direitos sociais e trabalhistas e aumentar a idade mínima para a aposentadoria, entre outras decisões, caso a presidente seja cassada. Na nota, o governo interino nega que direitos sociais serão retirados após o desfecho do processo de impeachment.

Durante o julgamento do processo, Paim disse que o afastamento de Dilma terá como consequência o “ataque” a direitos sociais e a “revogação” da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Já a presidente afastada acusou o governo do presidente em exercício Michel Temer de adotar um “programa ultraconservador” em relação aos direitos dos trabalhadores.

“Não é verdade que se debata a estipulação de idade mínima de 70 ou 75 anos aos aposentados; não será extinto o auxílio-doença; não será regulamentado o trabalho escravo; não há privatização do pré-sal e não se cogita revogar a Consolidação das Leis do Trabalho [CLT]. Essas e outras inverdades foram atribuídas de forma irresponsável e leviana ao governo interino”, diz trecho da nota.

“Todas as propostas do governo Michel Temer são para assegurar a geração de emprego, garantir a viabilidade do sistema previdenciário e buscar o equilíbrio das contas públicas. E todas elas respeitarão os direitos e garantias constitucionais”, informou o Planalto em nota da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

Paulo Paim

A nota é uma resposta ao discurso do senador Paulo Paim, que disse que o afastamento de Dilma terá como consequência o “ataque” a direitos sociais, trabalhistas e a “revogação” da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

“O que eles querem, afinal? O que eles querem é claro: está aí a Ponte para o Futuro, do [governo] interino [do presidente Michel Temer], atacando direitos sociais, trabalhistas, querendo revogar a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] com o tal de negociado sobre o legislado, terceirização da atividade-fim”, discursou Paim no tempo destinado a fazer perguntas à presidente.

LEIA TAMBÉM: Dilma leva marmita com suspiros à sessão do impeachment no Senado

Com o afastamento definitivo de Dilma, o governo Temer, segundo Paim, também irá “regulamentar o trabalho escravo, desvincular a receita da saúde e educação, privatizar tudo, até o pré-sal. Acabaram com o Ministério da Previdência. Querem que as pessoas se aposentem só depois dos 70 ou 75 anos”, disse Paim.

Dilma

Mais cedo, a presidente afastada acusou o governo do presidente interino Michel Temer de adotar um “programa ultraliberal” na economia e “um programa ultraconservador, que tira direitos pessoais e coletivos e adota uma pauta extremamente reacionária”.

“Quem paga o pato, ou seja, quem fornece os recursos para que o país saia da crise? Alguns acreditam que sejam apenas os trabalhadores, os mais pobres, a classe média, os profissionais liberais, os pequenos empresários. Isso não é possível”, disse Dilma.

O presidente do STF, Ricardo Lewandovski, a presidente afastada Dilma Rousseff, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no Senado Federa. Foto: Dida Sampaio/ Estadão Conteúdo - 29.8.16
O presidente do STF, Ricardo Lewandovski, a presidente afastada Dilma Rousseff, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no Senado Federa. Foto: Dida Sampaio/ Estadão Conteúdo – 29.8.16
Ex-presidente Lula; senador Jorge Viana (PT-AC); presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Foto: Jane de Araújo/Agência Senado - 29.8.16
Ex-presidente Lula; senador Jorge Viana (PT-AC); presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e deputado Paulo Teixeira (PT-SP). Foto: Jane de Araújo/Agência Senado – 29.8.16
Aécio Neves (PSDB-MG) concede entrevista antes da abertura da sessão que trata do impeachment de Dilma Rousseff. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado - 29.8.16
Aécio Neves (PSDB-MG) concede entrevista antes da abertura da sessão que trata do impeachment de Dilma Rousseff. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado – 29.8.1
À bancada:senadores Dário Berger (PMDB-SC);
José Medeiros (PPS-MT);Waldemir Moka (PMDB-MS)e Marta Suplicy (Ex-PT-SP). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado - 29.8.16
À bancada:senadores Dário Berger (PMDB-SC); José Medeiros (PPS-MT);Waldemir Moka (PMDB-MS)e Marta Suplicy (Ex-PT-SP). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado – 29.8.16
chico buarque-plenario senado-julgamento- dilma. Foto: Dida Sampaio/Estadão Contéudo - 29.8.16
Chico buarque-plenario senado-julgamento- dilma. Foto: Dida Sampaio/Estadão Contéudo – 29.8.16
Dilma é recebida na presidência do Senado antes da sessão:Lula; deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) e a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Foto: Jane de Araújo/Agência Senado - 29.8.16
Senador Waldemir Moka (PMDB-MS) concede entrevista antes da abertura da sessão que trata do julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff   . Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado - 29.8.16

Presidente afastada e senador do PT alegaram durante julgamento do impeachment que o governo Temer planeja tirar benefícios de trabalhadores

Agência Brasil

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