Lula foi indiciado pelo crime de corrupção passiva, enquanto Marisa, Palocci e as outras quatro pessoas foram denunciados por lavagem de dinheiro

Lula foi indiciado com outras seis pessoas no âmbito da Operação Lava Jato
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Lula foi indiciado com outras seis pessoas no âmbito da Operação Lava Jato
 
 

A Polícia Federal indiciou na noite desta segunda-feira (12), na Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, o ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, e outras quatro pessoas, de acordo com informações da Globo News.

Dois inquéritos fazem parte do indiciamento, um sobre uma negociação fracassada da compra de um terreno para o Instituto Lula, em São Paulo, e outro acerca da compra de um apartamento que fica em frente ao que o ex-presidente vive, em São Bernardo do Campo (SP). 

Os dois casos envolveriam pagamentos de propina da Odebrecht para Lula, segundo a Polícia Federal e, portanto, acabaram sendo unificados. 

Lula foi indiciado pelo crime de corrupção passiva. Já Marisa Letícia, o ex-ministro Antônio Palocci,  o advogado de Lula, Roberto Teixeira, o assessor de Palocci, Branislav Kontic, o primo do pecuarista José Carlos Bumlai, Glaucos da Costamaques e  o dono da empresa DAG Construtora, Demerval de Souza Gusmão Filho,  foram indiciados por lavagem de dinheiro.

O ex-presidente Lula foi alvo de outras quatro denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR), além de responder a três ações penais. 

A defesa de Lula afirma que a transação seria um “delírio acusatório”, enquanto a assessoria de imprensa do Instituto Lula afirmou que nunca foi proprietária do terreno em questão e que o petista aluga um apartamento vizinho ao seu. Já a defesa de Palocci afirmou que nada foi encontrado que pudesse incriminar seu cliente.

Relembre o caso

Tanto o caso da compra do terreno, que seria usado para construir sede do Instituto Lula, quanto o caso do aluguel do apartamento próximo ao que mora o ex-presidente estariam relacionados com o pagamento de propina da construtora Odebrecht para Lula.

Até então, os dois casos faziam parte de diferentes inquéritos, até que o delegado Márcio Adriano Anselmo, autor do indiciamento, levou em conta que deveria juntar as investigações, por serem fatos correlatos.

Segundo a investigação, Antônio Palocci operava com a distribuição de propina da Odebrecht ao PT, de Lula. A Polícia Federal afirma que o ex-ministro utilizava sua influência para agir de forma favorável aos interesses da empreiteira com o governo federal.