Um policial rodoviário federal está sendo apontado como um dos líderes da quadrilha que fraudava concursos públicos e vestibulares. As informações foram repassadas nesta segunda-feira (15) durante entrevista coletiva relativa à segunda fase da Operação Gabarito.
O PRF Marcus Vinicius Pimentel está foragido e é alvo de buscas da Polícia Civil. Cerca de 25% dos valores obtidos pela quadrilha por meio de fraudes ficava com o PRF.
Conforme o superintende da Polícia Civil, Marcos Paulo Vilela “nenhum criminoso será protegido, independente do cargo que ocupe”.
Conforme as investigações, o irmão do PRF, Marcelo Pimentel, foi preso na primeira fase da operação, deflagrada há uma semana. “Com a prisão do Marcelo ele tentou fazer a mudança no apartamento na terça, mas o síndico não permitiu”, disse o delegado.
Conforme a polícia, Marcus Vinicius está de licença há pelo menos um ano da PRF e vinha se dedicando a ação criminosa. Ainda segunda a polícia, na primeira abordagem, que ocorreu em um condomínio de luxo, Marcus Vinicius conseguiu fugir em uma BMW.
MaisPB
A Polícia Civil da Paraíba deu detalhes, durante uma entrevista coletiva na manhã segunda-feira (15), da Operação Gabarito, que investiga fraudes em concursos públicos e vestibulares na Paraíba e em outros estados.
Alguns objetos foram apreendidos durante a operação, entre eles uma Bíblia que era utilizada para guardar os cheques e a movimentação financeira; um carro, que pertence a Dayane Nascimento, que servia como transporte para candidatos fazerem as provas, e alguns objetos eletrônicos usados durante a aplicação do concurso.
A suspeita da Polícia Civil é de que o dinheiro lucrado com a fraude era empregado na construção de imóveis, que devem ser sequestrados e leiloados para ressarcir o valor à união.
O esquema era liderado pelos irmãos Flávio Luciano Borges e Vicente Nascimento Borges, presos na primeira fase da operação, deflagrada no domingo (07), e PRF Marcos Vinícius Pimentel, que está foragido. A expectativa é de que 70 pessoas estejam envolvidas na organização e por conta disto novas fases da operação serão deflagradas.
A Polícia trabalha com a hipótese de que pelo menos 70 exames tenham sido fraudados. Entre eles, Ministério Público da Paraíba, Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, Guarda Municipal de João Pessoa e Bayeux, IBGE e a Prefeitura do Conde.
Mesmo tendo o Nordeste como foco, o grupo tinha tinha começado a praticar irregularidades em concursos no Sudeste, Norte e Centro-Oeste.
MaisPB
O caso é grave. Tem que ir fundo pois tem muita gente envolvida.
Gente grande mesmo…não pode deixar pra lá…e uma vergonha .
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