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Crianças com cardiopatias complexas passam por cirurgias no Hospital Metropolitano

Crianças com cardiopatias complexas passam por cirurgias no Hospital Metropolitano

 

Dois bebês cardiopatas passaram pelo bloco cirúrgico do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, nessa quarta-feira (9), para correção de problemas cardiológicos congênitos. Os procedimentos foram realizados com sucesso e as crianças encontram-se sob os cuidados da unidade de terapia intensiva.

 

 

As pequenas pacientes Annhy Isabele Ferreira da Silva, de apenas um mês, e Heloá Silva Melo, de oito meses, foram internadas na terça-feira (8), com o acolhimento da equipe multidisciplinar do hospital.

 

A cirurgiã responsável por todas as cirurgias realizadas no Hospital Metropolitano, dra. Sheila Hazin, avaliou como positivos os primeiros procedimentos da unidade de saúde após os treinamentos de toda a equipe. Para ela, o hospital tem potencial para realizar diversas cirurgias simultâneas, mudando o quadro da saúde na área de cardiologia e neurologia no Estado. “O êxito foi total, conseguimos fazer os procedimentos sem nenhum problema. As crianças ficaram bem, tudo ocorreu sem emergências”, ressaltou a médica.

 

Para o coordenador de cardiologia do Hospital Metropolitano, Isaque Guimarães, a avaliação dos procedimentos é a melhor possível. Ele afirma que o hospital tem a possibilidade de diminuir a demanda do tratamento de cardiopatias em crianças. “Temos uma demanda reprimida na área cardiopediátrica e a tendência é que o hospital possa suprir esse gargalo e diminuir a lista de crianças que aguardam cirurgia”, comentou Isaque.

         

“O valor disso é imensurável para a sociedade. O impacto que uma assistência como essa tem não dá para ser medido financeiramente. Esses foram procedimentos de cardiopatias complexas em crianças e que não podem ser realizados em qualquer hospital. Os procedimentos de hoje são um marco importante, porque foram crianças bastante graves, que precisavam ser operadas rapidamente e isso mostra ainda mais que temos capacidade de realizar essas cirurgias”, enfatizou o coordenador da Cardiologia.

 

Entenda os casos

 

A primeira paciente a passar pelo bloco cirúrgico foi Annhy Isabele. A bebê, vinda de São Domingos, no Sertão paraibano, estava internada na Maternidade Frei Damião, em João Pessoa, desde abril com o diagnóstico de coarctação da aorta, isto é, uma compressão na aorta que impedia o adequado fluxo sanguíneo do coração para as demais partes do corpo.

         

Os pais de Annhy notaram que ela tinha uma cardiopatia porque frequentemente a criança ficava com a pele arroxeada e chorava muito. Através do atendimento na rede pública, foram realizados exames que identificaram o problema.

 

Antônio Márcio da Silva Garcia, pai de Annhy, afirma que antes do Hospital Metropolitano, sua opção era fazer o procedimento da filha no Recife, mas que graças ao equipamento de saúde recém-inaugurado, foi possível realizar a cirurgia na Paraíba. “Estou muito feliz que tudo ocorreu bem, que fomos muito bem cuidados e que minha filha recebeu o melhor tratamento”, ressaltou.

 

No caso da pequena Heloá Silva Melo, diagnosticada com tetralogia de fallot desde o nascimento, ela já estava sendo acompanhada pela equipe do Hospital Metropolitano, realizando alguns exames pré-operatórios na unidade. A cardiopatia de Heloá consiste na baixa circulação sanguínea no pulmão, que é corrigida através de um desvio realizado da artéria subclávia para a pulmonar.

 

Maria Izabel da Silva, mãe de Heloá, que veio da Alcantil, na região metropolitana de Campina Grande, afirmou que é um motivo de muita alegria saber que deu tudo certo. “O acompanhamento foi muito bom, desde o atendimento. Não tenho palavras para agradecer”, comemorou.

Secom Pb

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