O preço que se paga A defesa dos irmãos Joesley e Wesley Batista lançou mão de nova estratégia para tentar revogar a ordem de prisão que pesa contra ambos. Ofereceu ao juiz da causa que apura a acusação de insider trading a caução dos valores citados pelo MPF como lucro indevido, obtido com o uso de informação privilegiada. O depósito seria feito em troca da suspensão da detenção. A investigação aponta que o grupo ganhou US$ 100 milhões no mercado após o estouro da delação da J&F.
Deixe-me ir Os Batistas continuam alegando que não cometeram crime, mas apontam a apresentação dos valores como uma garantia de que cumprirão qualquer decisão judicial de reparação e de que continuarão a contribuir com as apurações. O juiz enviou o pedido ao Ministério Público Federal.
Profissional A sofisticação da mesa de operações de mercado da J&F chamou a atenção dos investigadores que apuram se Joesley e Wesley cometeram o crime. Eles dispunham de estrutura comparável à de empresas especializadas do ramo.
Coisa pouca Os policiais chegaram a tirar fotos do equipamento para anexar aos relatórios do caso. Os Batistas operavam pesadamente no mercado de ações e câmbio. Fizeram transações com valores muito superiores aos investigados agora.
Travou O STF ainda não anexou a delação do corretor Lúcio Funaro à Operação Sépsis, que investiga esquema de pagamento de propina para liberação de recursos do FI-FGTS. O pedido foi feito pela defesa do doleiro há 14 dias.
Consequências A demora deverá provocar o adiamento dos depoimentos de Funaro, e dos ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), marcados para 9 de outubro.
Coluna Painel/ Folha
Tudo isso? É muita grana.
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