Uma foto obtida pelo site O Antagonista revela um encontro, nesse sábado (9), entre o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o advogado Pierpaolo Bottini, que defende vários políticos e o empresário Joesley Batista, em um bar em Brasília. O encontro não constava da agenda oficial do procurador.
A imagem, segundo O Antagonista, foi enviada por um frequentador do bar que contou que a conversa entre eles durou cerca de 20 minutos. Os dois estavam em uma mesa de canto, ao lado de caixas de cerveja. Janot estava de óculos escuros.
A assessoria do procurador-geral ainda não se pronunciou sobre o encontro. Já Bottini confirmou ao Antagonista que o encontro foi casual e que trocaram apenas palavras cordiais que não diziam respeito a questões jurídicas (leia a íntegra da resposta abaixo).
A divulgação da imagem deve aumentar a pressão sobre o procurador-geral. As gravações que levaram à denúncia por corrupção contra o presidente Michel Temer (rejeitada pela Câmara) foram feitas durante encontro de Joesley com Temer em encontro fora da agenda, tarde da noite, no Palácio do Jaburu.
Na próxima quarta-feira o plenário do Supremo analisa pedido de suspeição apresentado pela defesa do presidente Michel Temer contra Janot. O advogado Antônio Cláudio Mariz alega que o procurador extrapola os “limites constitucionais e legais inerentes ao cargo que ocupa” ao tratar de casos envolvendo o peemedebista. Na quarta-feira (30), ao negar pedido de suspeição de Janot, o ministro Edson Fachin entendeu que não houve indícios de parcialidade do procurador durante as investigações. A decisão final sobre o assunto será do pleno do Supremo.
Leia a explicação do advogado ao site:
“Na minha última ida a Brasília, este fim de semana, cruzei casualmente com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, num local público e frequentado da capital. Por uma questão de gentileza, nos cumprimentamos e trocamos algumas palavras, de forma cordial. Não tratamos de qualquer questão outra ou afeita a temas jurídicos. Foi uma demonstração de que as diferenças no campo judicial não devem extrapolar para a ausência de cordialidade no plano das relações pessoais.”
Congresso em Foco
Essa é mais uma prova, de que ta mais do que na hora de abrir a Caixa Preta do Judiciário Brasileiro!
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