Confesso que não li a declaração do professor Trindade sobre Luiz Gonzaga. Desliguei ele do meu Facebook no mesmo dia em que me agrediu gratuitamente por conta do convite que recebi para assumir um cargo público.Ele, sem mais nem menos, destilou no espaço que mantínhamos no Face: “Bajular serve para alguma coisa? Serve, sim, para ser nomeado para cargo público”.
Mas houve a repercussão sobre o que ele disse e na repercussão fiquei sabendo da sua mais nova investida.
Agora ele desce a lenha em Luiz Gonzaga, o maior de todos os nordestinos. Na sua ânsia de aparecer batendo nos outros, disse:
“Ninguém suporta mais essa frescura de se endeusar Luiz Gonzaga. Era um salafrário que comprava música, constrangia os “parceiros” para colocar o nome na parceria. O jornalista Antônio Vicente, que fez entrevistas nesse sentido, que o diga. Gonzaga era um grande cantor, mas compositor nunca foi!”
A boa resposta veio na batata e foi dada pelo juiz Onaldo Rocha de Queiroga, pesquisador da vida do Rei do Baião.
Veja o que escreveu Onaldo:
“Na vida, professor é quem transmite seus conhecimentos para alunos, educando-os para a travessia da longa estrada da vida. Já o matuto tem no dicionário, conceito, que se refere a pessoa que habita o mato, indivíduo ignorante e ingênuo.
Mas, quem conhece de perto o matuto, sabe que ele não é nada disso. Tem sua própria cultura, suas crenças e visão singular sobre o mundo. É ser inteligente, fonte inspiradora de mestres como Jessier Quirino e Ariano Suassuna. Pode não ser letrado, mas também é professor.
Como disse Gildson de Oliveira, um matuto conquistou o mundo, o Rei do Baião. No início do Século XX, nasceu o pernambucano daquele Século, seu Luiz, lá nos confins do Pernambuco. O mundo era outro, pois a comunicação e o transporte não eram como hoje. Mas esse matuto retirante, invertendo as coisas, levou no seu matulão a musicalidade de um povo chamado Nordeste. As duras penas, a tornou visível para o Brasil e para o mundo.
Afora isso, Gonzaga teve sua vida pautada pela ética, autenticidade, generosidade, figura agregadora e artista que sempre abriu seu palco para novos artistas. Político sem mandato, na seca, era o primeiro a realizar shows para matar a fome e sede de seus irmãos flagelados. Deu mais de 300 sanfonas, e, mesmo assim, depois de 28 anos de sua partida, vem agora, um que se diz letrado, taxar Luiz Gonzaga de salafrário, afirmando, ainda, que ele nunca foi compositor e que constrangia poetas para conseguir parcerias.
Destilado e covarde intrujice, talvez revele que o letrado não aceite que a matutice tenha levado o “Lua” a iluminar tantos céus, inclusive, o seu. A frustração não arranha a vida e obra do menestrel do sertão. Sempre será o eterno Rei do Baião! Viva o Nordeste de seu Luiz!”
O professor Trindade poderia ter dormido sem essa surra de palavras.
DO BOIGA DE TIÃO LUCENA
Bem feito pra esse abestado professor..
Não sei o que leva uma pessoa que não consegue brilhar, tentar ofuscar o brilho de outrem. Com todo respeito, merecia mais.
Esse e um sem futuro da vida(Trindade).
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