Depois de 33 anos a Portela é campeã do Carnaval carioca.
Conquista em 2017 é a terceira do carnavalesco Paulo Barros, já em seu segundo ano à frente da escola de Madureira. Mocidade Independente de Padre Miguel liderou apuração até o último quesito, enredo
A Portela é a grande campeã do carnaval 2017 do Rio de Janeiro. Com o enredo “Quem Nunca Sentiu o Corpo Arrepiar ao Ver esse Rio Passar”, a agremiação passou pela Marquês de Sapucaí na segunda-feira (27) e levou o título para casa em uma disputa bastante acirrada. “O carnaval precisa da Portela. A cultura brasileira precisa da Portela”, disse imediatamente após a confirmação do resultado final o presidente da escola Luis Carlos Magalhães.
Além da Portela , as outras cinco melhores colocadas, Mocidade Independente de Padre Miguel, Salgueiro, Grande Rio, Mangueira e Beija-Flor, vão desfilar novamente no desfile das campeãs, que acontece no próximo sábado (4).
Logo no primeiro quesito, de alegoria, as seis escola despontaram na briga pela liderança. Já a Unidos da Tijuca, que teve um problema com um carro alegórico, não teve nenhuma nota 10.
Em virtude dos acidentes que aconteceram nos dois dias de desfiles na Sapucaí, nenhuma escola de samba será rebaixada em 2017 . A decisão da Liesa foi anunciada e ratificada antes do início da apuração.
A Mocidade perdeu um décimo na bateria, mas a elogiada comissão de frente com um Aladdin voando em um tapete voador assegurou três notas dez. A escola de Padre Miguel liderou a maior parte da apuração ao lado da Portela.
Mangueira (4º), Grande Rio (5º), Salgueiro (3º) e Beija-Flor (6º) se revezaram nas outras posições até o final da apuração. A Mocidade chegou ao último quesito na liderança pelo critério de desempate, o quesito comissão de frente, mas recebeu dois 9.9 em enredo e apenas um iria para descarte. Dessa maneira, perdeu o posto para a escola de Madureira que gabaritou no quesito e se consagrou campeã do carnaval carioca pela primeira vez desde 1984.
Relembre os desfiles das seis melhores escolas do carnaval 2017:
Mangueira
A Mangueira fechou os desfiles do carnaval do Rio. Já com dia claro, a escola campeã de 2016 entrou na avenida brincando com a religiosidade dos brasileiros, que se apegam, em praticamente todas as situações, aos santos e orixás a qualquer instante no dia a dia.
Salgueiro
O Salgueiro desfilou já na madrugada de segunda-feira (27) e fez um desfile diabólico. Apesar de um pequeno atraso, a escola desfilou imponente e já mostrou que venho para ficar nas primeiras posições. Viviane Araújo, como sempre, puxou a bateria. élio Bejani, criador da comissão de frente da agremiação, já está há dez anos desempenhando a função e esse ano não ficou atrás com uma alegoria que impactou logo ao entrar na avenida.
Grande Rio
A Grande Rio levantou a poeira – literalmente – na noite de domingo (26). A escola contou a história de Ivete Sangalo em um desfile pra lá de animado. Já no primeiro minuto de desfile, Ivete emocionou e levantou o público da Sapucaí ao pegar o microfone e cantar o samba-enredo da escola. “Eu só digo uma coisa: ei, psiu, Ivete é Grande Rio”, disse a cantora. A comissão de frente contou com Ivete como lavadeira e relembrou as raízes da cantora, nascida em Juazeiro, na Bahia.
Beija-Flor
Última escola do Grupo Especial a desfilar na primeira noite do carnaval carioca, a Beija-Flor apostou no enredo “A Virgem dos Lábios de Mel – Iracema”, baseado em uma das mulheres mais memoráveis da literatura brasileira para homenagear raízes indígenas e voltar a figurar entre as favoritas ao título, após o quinto lugar no ano passado.
Mocidade
A Mocidade Independente de Padre Miguel, terceira a entrar na avenida na última noite de desfiles do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro, com o enredo “As Mil e uma Noites de uma ‘Mocidade’ prá lá de Marrakech”, contou a história da lenda das Mil e Uma Noites com foco nas histórias de Marrocos. Uma novidade foi que a escola levou uma rainha de bateria africana para a Sapucaí, a angolana Carmen Mouro. O destaque ficou por conta da comissão de frente, que trouxe um “Aladdin” voador.
Portela
“Tristeza foi embora, a correnteza levou”. Foi assim que a Portela entrou na avenida, na madrugada desta terça-feira (28). E não é que o samba enredo contou exatamente o que aconteceu na Sapucaí? Depois do desfile da Unidos da Tijuca, que contou com um triste acidente, a penúltima escola do Grupo Especial do Rio de Janeiro veio mesmo para “lavar a alma” da Sapucaí e dar um chega pra lá em toda a “maré ruim” que vinha tomando a avenida.
Fonte: Carnaval – iG /vavadaluz
E assim passou.
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