Há seis anos, Hope aceitou o pedido de casamento do então namorado Steve. Nem uma doença degenerativa afastou o casal
Não demorou muito para Hope Dezember se apaixonar por Steve quando eles começaram a namorar. E, mesmo sabendo que ele tinha uma doença degenerativa, ele aceitou o pedido de casamento com apenas quatro meses de namoro e hoje passa os dias cuidando dele. Para muitos, a história desse casal de Georgia, nos Estados Unidos, é uma grande prova de amor.
Quando o namoro começou, Steve ainda não sabia que tinha a doença e Hope não imaginava o que ainda estava por vir e nem que sua atitude seria vista como uma prova de amor . Ainda nos primeiros meses de relacionamento, Hope viu as mãos de Steve começarem a tremer enquanto ele tentava abrir uma garrafa e percebeu que tinha algo de estranho com o namorado. “Ele já tinha ido ao médico sete vezes, mas ainda não sabia o que estava acontecendo”, Hope conta ao site da revista “People”.
Em agosto de 2011, quatro meses após o primeiro encontro, os médicos finalmente descobriram qual era o problema do rapaz. Steve, então com 28 anos, foi diagnosticado com ALS, também conhecida como doença de Lou Gehrig, uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta as células nervosas do cérebro e da medula espinhal.
Dois dias depois do diagnóstico, o casal foi caminhar e Steve fez o pedido de casamento . Ele já havia comprado a aliança, mas disse à Hope que entenderia se ela não quisesse continuar a relação. “Ele disse que eu não tinha que ficar com ele e que eu tinha escutado o que o médico havia falado. Eu disse que não iria a lugar nenhum”, conta Hope.
O casamento
A cerimônia de casamento foi realizada dois meses depois do pedido, em outubro de 2011, porque Steve queria ter certeza de que ele poderia caminhar até o altar. “É uma coisa louca quando você vai se casar e não sabe quanto tempo terá com o seu marido”, diz Hope.
Em janeiro do ano seguinte, Steve já apresentava problemas de equilíbrio e, em 2013, os médicos tiveram que inserir um tubo para ajudá-lo a respirar. Hope não ouviu a voz de seu marido desde então. Com o avanço da doença, ele chegou a pesar 30 quilos e chegou perto da morte duas vezes.
“Quando eu olho para ele, ele ainda é tão bonito. Ele ainda é fofo. Ele não raspa mais sua barba. Ele é peludo, e eu gosto disso”, diz Hope.
Para cuidar de Steve em tempo integral, Hope largou seu trabalho como terapeuta de saúde mental. Este último ano tem sido difícil para eles e, até o mês passado, Steve só se levantava da cama para ir ao hospital. A equipe médica disse que não há muito mais a se fazer por ele, mas Hope continua pesquisando para encontrar maneiras de ajudar o marido.
“Os médicos fazem isso parecer muito sombrio, mas nós não vemos dessa maneira”, ela diz. “Nós ainda acreditamos que há muita esperança”.
Utilizando um computador, Steve fala sobre a sua vida. “Não é fácil saber que você não será capaz de se mover. É realmente muita coisa para lidar, mas eu me sinto bastante otimista por ter o prognóstico que eu tenho”, afirma o rapaz. “A Hope é um anjo, eu sou muito grato que ela passe comigo todos os dias”.
Há duas semanas, Steve estava bem o suficiente para voltar para sua cadeira de rodas e fazer algo que ele ama: pintar. Ele pega as cores de tinta e, em seguida, instrui outras pessoas para mover cadeira de determinadas maneira para que forme a pintura. “Ele me inspira e eu conheço outras pessoas que se inspiram também. Estou tão orgulhosa dele”, diz Hope.
“Eu estou lutando pela cura. Eu estou lutando para permanecer vivo para quando a cura acontecer”, fala Steve. Hope não nega que essa prova de amor é difícil e triste. “Lamentamos quando ele perde algumas da suas funções, mas também encontramos o que resta e somos gratos por isso. No final do dia, ele ainda está aqui e nós ainda conseguimos passar nossos dias juntos.”
Fonte: Delas – iG /vavadaluz
É o amor!
Não é possível comentar.