Goleiro foi solto após conseguir um habeas corpus e disse que não mudaria nada do que fez. Ele disse também que pretende trabalhar com futebol
Um dia depois de ser libertado da Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, o goleiro Bruno concedeu uma entrevista à TV Globo neste sábado. Na conversa, ele declarou que não apagaria nada do que aconteceu no caso do assassinato de Eliza Samudio, em 2010, disse que planeja trabalhar com futebol e discordou da prisão perpétua.
“Independente do tempo que eu fiquei, eu queria deixar bem claro, se eu ficasse lá, tivesse prisão perpétua, por exemplo, no Brasil, não ia trazer a vítima de volta. Paguei. Paguei caro, não foi fácil. Não apagaria nada, serve como experiência, como aprendizado, não como punição”, afirmou Bruno .
“Quero deixar claro que vou recomeçar. Não importa se no futebol ou outra área profissional, mas eu almejo estar no meio do futebol”, completou o goleiro de 32 anos de idade, que já teria recebido algumas propostas para voltar aos gramados.
“Ele quer voltar a jogar futebol. Está com 30 e poucos anos e vai trabalhar para isso. Ele já tem propostas de fora de Minas”, disse Lúcio Adolfo, advogado do atleta, antes mesmo de ele ser solto na noite de sexta-feira.
O caso Eliza Samudio
O ex-jogador de Flamengo, Corinthians e Atlético-MG foi condenado pela Justiça mineira, em março de 2013, a 22 anos e 3 meses de reclusão, sendo 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima — , a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver.
A pena foi aumentada porque o goleiro Bruno foi considerado o mandante do crime, e reduzida pela confissão do jogador. Ele cumpriu pouco menos de 7 anos. Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi achado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do atleta, de quem foi amante. Na época, ele era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade.
Fonte: Esporte – iG /VAVADALUZ
Caso o colegiado entenda diferente do Ministro Marcos Aurélio; ele volta para ser julgado. O que levou a concessão do habeas corpus foi a morosidade da justiça de Minas Gerais.
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