A marola de problemas da Presidente Dilma parece não ter mais fim, como se não bastasse ter que enfrentar, manifestantes, guerra para aprovar seus projetos no congresso e quase a totalidade da impressa a esmagando, Dilma agora sofre mais um duro golpe.
No artigo escrito no site da revista Época o jornalista João Luiz Vieira, manda a Presidente se erotizar, e afirma que a sexualidade de Dilma foi subtraída. Em trechos ele divaga afirmando : “será que Dilma devaneia, sente falta de alguém para preencher sua solidão nas noites insones”. O jornalista distribui impropérios machistas, tentando provar que os problemas da Presidente estariam intimamente ligados ao fato de não estar em um relacionamento cujo sexo seria primordial e absoluto para sua felicidade.
No artigo que a Época já mandou retirar do ar(mas que você pode ler na íntegra AQUI.) João Luiz não poupa comentários pseudo-intelectuais contra a chefe maior do país de forma machista e totalmente desrespeitosa. Agredir no campos das ideias e propostas, é justificável diante dos problemas econômicos que enfrentamos no país, mas a forma vil em que ele fala da mulher (sim lembremos que antes de ser presidente Dilma é mulher) de maneira torpe nos enoja.
E essa não é a primeira vez que a honra de Dilma (enquanto mulher) é atacada, o caso dos adesivos nas bombas de gasolina dos carros são exemplo da nossa cultura machistas e provinciana. (confira o post aqui)
Podemos não concordar com a forma como Dilma faz política, pois o bom combate merece ser combatido, mas estamos chegando ao limite do aceitável, com essa banalização do desrespeito está chegando a um ponto preocupante.
Deixo aqui uma indagação: Se o chefe maior da nossa nação fosse homem será que a sua honra seria atacada da mesma forma que estão atacando Dilma?
Deixo esse desabafo como jornalista que sou e sobretudo como mulher, o feminismo não trata-se apenas de se opor contrariamente a movimentos machistas, o feminismo é uma forma de nós mulheres nos respeitarmos e unirmos, seja a mulher assalariada que limpa o chão das grandes corporações, seja a empresária que trabalha, luta e emprega e mesmo assim ambas tem a dupla e até tripla jornada em casa cuidando dos filhos, casa, maridos ou esposas. Refiro-me aqui ao respeito que toda mulher merece.
No caso da nossa presidente, deixo minhas sincera solidariedade pela agressão a sua honra e faço minhas as palavras do colega Paulo Nogueira do Diário do centro do Mundo replicando aqui seu pensamento mais acertado: “E é dentro de um ambiente de ruínas jornalísticas que surgem artigos como este sobre a vida íntima de Dilma. Se Dilma tem ou não problemas sexuais, não sabemos. O que ficou claro é que a Época enfrenta sérios problemas mentais.”
Pérolas como “Dilma quer ser invisível por isso se lacra” “O feminino guerreiro precisaria extirpar a própria feminilidade” ditas pelo colunista da Època
são o retrato mais puro da banalidade com a violência contra toda mulher.
João Luiz Vieira não me representa.
Alana Beltrão
(mãe, mulher, esposa e jornalista)
Publicado por: Alana Beltrão
Vavá, deixa de conversa mole e conversa fiada, sapatão é sapatão e ponto final. É uma merda para o Brasil e os brasileiros serem representados por uma bosta destas.
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