A Suposta vítima de assédio protesta ; “Fui violentada, violaram meus direitos, minha integridade e no final demitida por justa causa ?”
Depois que advogado Paulo Maia, presidente da seccional paraibana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) publicou uma carta em suas redes sociais neste sábado (21) explicando sobre a demissão da funcionária Lanusa Monte, por ter feito denúncia de assédio sexual no órgão, a suposta vítima enviou para o portal Polêmica sua posição diante o fato. Ele citou que em suas redes sociais falou sobre a demissão por justa causa:
NO FACEBOOK ELA PUBLICOU:
Quase 20 anos de Ordem, cresci como profissional dentro de uma Instituição que tem como lema a Casa dos Direitos Humanos e hoje me pergunto se isso é só uma bandeira, só fachada.
A Casa que devia primar pela ética, justiça, moralidade e respeito. Nela foram violados meus direitos, minha integridade, minha posição profissional em não ceder a caprichos, para não dizer coisa pior.
Estou afastada pelo INSS, espécie 91, em decorrência de trabalho.
E sem direito a conhecimento nenhum do final do processo investigativo onde DENUNCIEI, sem direito a recorrer, MESMO DENUNCIANDO, tenho como resposta a tanta dedicação e comprometimento profissional, a notificação de ser DEMITIDA POR JUSTA CAUSA.
Me pergunto, o que seria justa causa? Não me respeitar? Não me valorizar? Não me compreender quando eu disse não a um homem sem limites?
Como fui violentada dentro de uma Instituição que luta pela defesa, o direito a ampla defesa.
Não acredito que profissionais que estudaram tanto, que lutaram e lutam por direitos e deveres vão se calar diante de tamanha brutalidade a mim proferida.
Em discursos ouvi, várias vezes, ser pronunciado por um homem a frase que dizia saber de onde vinha e que prestaria contas com Deus. Me pergunto, qual o seu Deus? o Deus de discurso ou o Deus do dinheiro? O Deus do poder, de manobra, de fantoche? Pena, homem de pena, de muitas palavras e promessas, poucas ações e fraca fé.
Do outro, nada que venha me afetaria, não esperamos nada de bom de quem não tem nada bom a oferecer.
Mas, não posso fechar os olhos, tem tanta gente boa no meio dos ruins, ainda acredito no ser humano, naqueles que antes do poder, lutam por princípios, por um ideal, porque senão, não estariam representando uma maioria.
Agradeço aos diretores(excluindo dois), conselheiros, membros de comissões, colegas de profissão e tantos advogados e advogadas que tive o grato prazer de atender ou de trabalhar ao lado, pessoas que souberam respeitar a mim e a Instituição OAB.
Uma porta foi fechada, em tempos difíceis, mas tenho certeza que janelas serão abertas, porque apesar de tudo… eles passarão e eu passarinho.
Ontem recebi a notificação da demissão e hoje na audiência trabalhista, o algoz se fez presente na audiência.
E sim, eu não terei medo da colheita, pq a verdade vem de Deus e não da caneta.
Jamais vou deixar de lutar, lutar com a cabeça erguida, não fiz nada de errado, estou com a verdade e com a certeza de que a Justiça, nem que seja a de Deus será realizada.
Lanusa Do Monte
Venho esclarecer que não sou massa de manobra política, que trabalho na OAB a quase 19 anos, que sempre mantive minha conduta profissional inquestionável, exerci cargos de maior confiança que poderia desempenhar dentro de uma Instituição, que sempre valorizei e que me dediquei por mais da metade de minha vida.
Não estou sendo leviana, não estou levantando falso e nem tão pouco querendo denegrir a imagem de ninguém, diferente do que fizeram e estão fazendo comigo.
Entretanto, não posso permitir que a minha honra e dignidade sejam expostas de forma tão maléfica.
Fui exposta de maneira sórdida, de vítima estão querendo me fazer criminosa.
Quando ñ apresentei minha versão, apenas não concordava com a forma como estava sendo dirigida a Comissão de sindicância, se a mim cabia o direito ao silêncio, assim o fiz, até o presente momento.
Sim, contra fatos, provas, gravações e testemunhas não existem argumentos.
Ao procurar os diretores, não queria tornar o meu caso público, caso quisesse teria entregue à imprensa.
Agora, vejo meu nome veiculado nas redes sociais de forma a tentar me desmoralizar, me diminuir como profissional, mulher, esposa, mãe de família e servidora de uma casa que deveria prezar pelos Direitos Humanos.
Não venho aqui apresentar minha versão, a verdade dos fatos, até porque a justiça não é julgada em redes sociais. As provas que eu tenho serão apresentadas a quem de fato e de direito vão julgá-las com imparcialidade e justiça.
Fonte: POLEMICA PARAÍBA
Que a justiça prevaleça.
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