Getúlio Dornelles Vargas Neto, neto do presidente Getúlio Vargas, morreu nesta segunda-feira (17) em Porto Alegre. Aos 61 anos, segundo informações do registro da morte feito pela Polícia Civil, o neto do ex-presidente cometeu suicídio.
Familiares confirmaram a morte, mas não quiseram se manifestar sobre o assunto. Um inquérito foi aberto, como é de praxe, mas, segundo a delegada Roberta Bertoldo, a polícia não trabalha com outra hipótese.
O neto de Getúlio Vargas residia na capital gaúcha e administrava os negócios da família. Ele deixa a companheira, a servidora do Tribunal de Justiça (TJRS) aposentada Denise Carneiro, e quatro filhos de dois casamentos anteriores.
O pai, Manuel Antônio Sarmanho Vargas, também se suicidou, em 15 de janeiro de 1997, aos 79 anos. Maneco, como era conhecido, morreu com um tiro no coração em sua fazenda em Itaqui, seguindo o mesmo gesto do seu pai, o presidente Vargas, em 1954.
O avô, presidente Getúlio Vargas foi quem sancionou o Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, que criava a CLT- Consolidação das Leis do Trabalho. A Consolidação unificou toda a legislação trabalhista então existente no Brasil e foi um marco por inserir, de forma definitiva, os direitos trabalhistas na legislação brasileira.
O suicídio acontece dias após Michel Temer sancionar a Reforma Trabalhista.
Não se sabe ainda se foi uma coincidência. Ao lado do corpo foi encontrado um bilhete, e a delegada acredita que a morte tenha ocorrido no domingo. A filha dele, que morava no mesmo imóvel, estaria viajando no período.
Publicado por: Gutemberg Cardoso
Sina de família.
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