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General Diz Que Intervenção Militar Não É Golpe E Sim Decisão Do Povo

General Diz Que Intervenção Militar Não É Golpe E Sim Decisão Do Povo

Um golpe militar no Brasil é praticamente impossível. Para começar, temos uma democracia
consolidada e amparada em sólidas instituições, entre as quais uma imprensa livre e independente.
São fortes defesas contra o autoritarismo. Há, além disso, cinco outras razões para descartar uma
nova ditadura no Brasil.


A primeira é a ausência de um quadro de desorganização econômica e social, que costuma
preceder intervenções militares. Ao contrário, estamos saindo de nossa mais severa recessão. Todos
os indicadores apontam para a recuperação firme da renda e do emprego.
A segunda é a inexistência de demanda de intervenção militar pela elite empresarial e pela classe
média, que aconteceu nos meses que antecederam o golpe de 1964. Uma associação de
empresários, o Instituto de Estudos Econômicos e Sociais (Ipe)

Conspirou com militares pela deposição de João Goulart. A classe média realizou as Marchas da
Família com Deus pela Liberdade, consideradas por militares e por setores conservadores como
resposta a suposta ameaça comunista de grupos radicais apoiados pelo presidente.
A terceira é a inexistência, como em 1964, de militares com liderança, experiência e capacidade de
reunir apoio da caserna e, assim, comandar o golpe. Os generais daquela época haviam participado
de outros movimentos. Muitos deles integraram o grupo dos tenentes de 1922.
Os que tentaram derrubar o presidente Epitácio Pessoa –, participaram da coluna Prestes,
marcharam com Getúlio Vargas na Revolução de 1930 e da deposição dele em 1945. Havia vários
ministérios militares. A partir governo FHC, as Forças Armadas estão sob o comando de um civil no
Ministério da Defesa.
A quarta é o apoio da maior parte dos países à democracia e a resistência internacional a golpes de
Estado. Ao contrário do que aconteceu em 1964, um governo golpista dificilmente seria reconhecido
pelas potências mundiais

O golpe seria rejeitado na América do Sul, dada a cláusula democrática do Mercosul e de outras
associações regionais de governos soberanos.
Finalmente, o Brasil perderia a chance de fazer parte da Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Econômico – OCDE. Seu pedido de ingresso, recentemente apresentado, seria
imediatamente arquivado. O país perderia muito com a recusa.
Em resumo, além da inexistência dos fatores que contribuíram para o êxito do golpe de 1964, uma
nova tentativa deixaria o país isolado. O movimento tenderia a ser revertido, como já aconteceu aqui
na América Latina.
Apenas um colapso da economia e do emprego, com graves repercussões sociais e políticas,
poderia dar margem a um movimento militar, mesmo assim incerto quanto ao seu êxito. Estamos
muito longe disso

Informações: (VEJA)

1 comentário em “General Diz Que Intervenção Militar Não É Golpe E Sim Decisão Do Povo”

  1. Claro que não!
    Golpe já ouve, com o apoio das Forças Armadas, contra uma Presidenta legítima!
    Intervenção é traição!
    Esses Generais estão achando pouco, ainda botam mais lenha na fogueira!
    Se intervir para reconduzir quem de fato deveria esta a frente do Executivo, seria constitucional…
    Agora, se for pra recriar um Estado de exceção novamente, ai seria trair a Constituição Federal, o que levaria a um crime de traição da Pátria!

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