Uma vereadora de Farroupilha, na Serra do Rio Grande do Sul, criticou nordestinos em seu discurso durante a sessão de segunda-feira (22) na Câmara Municipal. Eleonora Broilo (PMDB) pediu a palavra depois de ouvir a manifestação de outros colegas.
“Eu acho que os nordestinos sabem muito bem se unir, sim, para roubar. Eles sabem ganhar propina. Eu acho que eles sabem se unir para aumentar a corrupção. Isso eu acho que eles são donos. Isso eu concordo plenamente. Talvez até eles não saibam nem falar muito bem, mas sabem roubar que é uma maravilha”, declarou em plenário.
Em seguida, após ser alertada pelo vereador Tiago Ilha (PRB) de que poderia ser mal interpretada, a vereadora afirmou que cometeu uma falha ao não especificar que falava da classe política.
“Eu não tinha me dado conta. Na realidade, eu só quis falar sobre o político nordestino. O povo nordestino é um povo que merece o nosso respeito pelo sofrimento dele. Eles não têm culpa nenhuma do seu político. Eu quis realmente falar sobre o político nordestino”, explicou, na mesma sessão.
De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Farroupilha, vereador Fabiano André Piccoli (PT), só pode ser tomada alguma medida contra a vereadora caso alguma bancada faça um requerimento de instauração de uma Comissão de Ética, com pelo menos um terço de assinaturas dos parlamentares.
“Até o momento não recebi nenhum requerimento, mas já há alguma movimentação acerca disso. Já defini que, se eu receber, vou deferir e será instaurada a comissão”, assegurou.
Piccoli destacou, ainda, que em caso de ir à Comissão de Ética, o relatório pode apontar que não houve abuso por parte da vereadora, pode indicar uma advertência, pode acarretar em uma suspensão temporária do mandato ou na cassação do mandato da médica pediatra Dr. Eleonora.
“Respeito muito o povo daquela região, minha afiliada mora lá e eu gosto muito do nordeste. Eu jamais falaria mal daquele povo, que é honesto, trabalhador e sofrido. E eu respeito qualquer trabalhador que seja honesto”, acrescentou.
Ela ainda comentou que está sendo atacada nas redes sociais devido à manifestação, que em sua avaliação foi divulgada fora de contexto.
“Todas as pessoas que, de uma maneira ou de outra, foram agressivas comigo nas redes sociais, vão ser interpeladas judicialmente depois. Não se faz isso com uma pessoa”, reclamou.
G1/vavadaluz
E eu vou e interpelar também daqui. Acunha daí seu vava também pra ela dobrar a língua pra poder falar de nós e em nos.
Essa égua é muito besta pra falar dia nordestinos
São palavras infelizes pronúncia das por uma infeliz. Ela na qualidade de vereadora, política, profissional da palavra sabe perfeitamente o que fala. Nota zero pra ela.
Absurdo isso!
O pior é ver que as pessoas que deveriam exercer papel público, ou seja, pensar no todo, no coletivo, estão cada vez, segregando mais, cada vez ficando mais preconceituosos.
O que não me estranha é a filiação da dita “doutora”.
PMDB…
Não vejo nenhum pedaço passando de nós nordestino. Caso haja algum pedaço passando, com certeza este pedaço é podre. Concernente aos políticos não temos de que esquivar da classe como um todo, pois da mesma forma que existe políticos corruptos aqui, com certeza tem lá.
O Rio Grande do Sul lidera o ranking de políticos citados na Operação Lava-Jato, conforme lista divulgada na noite desta sexta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ao todo, seis políticos gaúchos foram citados, todos eles deputados federais do Partido Progressista (PP). Entre eles, Luiz Carlos Heinze, que foi o deputado federal mais votado no Estado nas eleições de 2014, recebendo mais de 160 mil votos. Heinze ficou notícia nacional ao aparecer em um vídeo de uma audiência pública no interior do Rio Grande do Sul dizendo que quilombolas, índios, gays e lésbicas são “tudo que não presta”.
Os parlamentares gaúchos que colocaram o RS no topo do ranking da Lava Jato são:
José Otávio Germano
Luiz Carlos Heinze
Jerônimo Goergen
José Afonso Hamm
Renato Mölling
Vilson Covatti
O ranking de políticos investigados, por Estado, é o seguinte:
Rio Grande do Sul – 6
Alagoas, São Paulo e Pernambuco – 4 (cada)
Rio de Janeiro, Paraná e Maranhão – 3 (cada)
Minas Gerais, Goiás, Rondônia e Ceará – 2 (cada)
Paraíba, Piauí, Acre, Tocantins, Santa Catarina, Mato Grosso, Roraima, Mato Grosso do Sul – 1 (cada)
Editoria: Política
Palavras-chave: Jerônimo Goergen, José Afonso Hamm], José Otávio Germano, lista de Janot, Luiz Carlos Heinze, operação lava Jato, PP, Renato Mölling, Vilson Covatti
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