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Dos 123 açudes monitorados pela AESA apenas quatro estão sangrando, 21 estão abaixo de 5% da capacidade.

AÇU

 
Vladimir Chaves

A pior seca do Nordeste dos últimos 50 anos e o seu devastador efeito vem sendo desconsiderado pela maioria dos candidatos no Estado da Paraíba em suas intervenções públicas. Talvez por estar chovendo em algumas regiões, dando a sensação de que superamos os problemas gerados pela longa estiagem, ou mesmo pela omissão dos grandes meios de comunicação, que tem dado ênfase as adesões de políticos fisiologistas ou dissidentes, o fato é que o tema tem sido completamente ignorado nas entrevistas e debates com os candidatos.

 

Responsável pela perda de mais de 80% do rebanho e a quase totalidade das safras, a estiagem prolongada agora ameaça os grandes centros urbanos diante do iminente colapso dos mananciais que abastecem os grandes centros. Causa espanto a situação da maioria dos reservatórios do Estado da Paraíba.

 

No momento em que a Paraíba vivencia os últimos dias do período chuvosos de 2014, dos 123 reservatórios monitorados pela Agencia Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), apenas QUATRO estão com sua capacidade máxima (sangrando):

 

Açude Aracagi (cidade de Araçagi) capacidade: 63.89.037 m³;

Açude Gramame\Mamuabá (Conde) capacidade 56.937.000 m³;

Açude Jangada (Mamanguapé) capacidade 470.000m³;

Açude Olho D’água (Mari) capacidade 868.320 m³.

AÇU1
Outros 65 reservatórios estão com capacidade armazenada superior a 20% do seu volume total. Dentre eles:
Açude Acauã (Itatuba) – 26% volume total;

Açude Cachoeira dos Cegos(Itaporanga) – 40,2% volume total;

Açude Capoeira (Santa Teresinha) – 35,1% volume total

Açude Coremas (Coremas) – 36,5% volume total

Açude Jenipapero (Olho D’Água) 25,6% volume total;

Açude Mãe D’água (Coremas) – 28,7% volume total;

Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão) – 29,9% volume total;

Açude Condado (Conceição) – 36,1% volume total.

AÇU2
Outros 34 estão em risco com a sua capacidade de armazenamento abaixo dos 20%, a exemplo de:
Açude do Congo (Cordeiro) – 12,6% do volume total;

Açude Cajazeiras (Engenheiro Ávido) – 12,9% do volume total;

Açude Cajazeiras (Lagoa do Arroz) – 14,8% do volume total.

 

Outros 21 reservatórios estão em situação critica com volume abaixo de 5% de sua capacidade total.

AÇUDE CIDADE VOLUME m³
Algodão Algodão de Jandaíra 1,6%
Bichinho Barra de São Miguel 4,2%
Bom Jesus Carrapateira 2%
Caraibeiras Picuí 2,9%
Campos Caraúbas 0,0%
Chupadouro I São Jõa do Rio do Peixe 4,1%
Covão Areial 0,2%
Emídio Montadas 0,6%
Jeremias Desterro 1,7%
Lagoa do Meio Taperoá 1,0%
Olivedos Olivedos 2,5%
Paraíso São Francisco 1,7%
Pocinhos Monteiro 00%
Prata II Prata 4,5%
Riacho de Stº Antônio Riacho de Stº Antônio 4,1%
Sabonete Teixeira 2,4%
Serrote Monteiro 0,0%
São José IV São José do Sabugi 0,0%
Taperoá II Taperoá 0,0%
Vaca Brava Areia 2,5%
Santa Luzia Santa Luzia 0,0%
     

 

 

 

Dados da AESA\DNOCS\ CAGEPA – publicados em 29.07.2014

 

1 comentário em “Dos 123 açudes monitorados pela AESA apenas quatro estão sangrando, 21 estão abaixo de 5% da capacidade.”

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