O amigo Alfredo Ossian, profundo conhecedor da história da música popular brasileira, me enviou este interessante texto sobre a gênese da música Maringá, criação do médico e compositor Jouber de Carvalho, que compôs mais de 700 músicas. As cidades citadas por Alfredo: Ingá, Pombal e Areia, ficam na minha querida Paraíba.
Alfredo Ossian Nogueira.
1931, era Ministro da Viação José Américo de Almeida, no governo de Getulio Vargas, sendo o seu oficial de gabinete Ruy Carneiro, que sugeriu ao compositor Joubert de Carvalho (foto) que fizesse uma música abordando a problemática da seca no Nordeste, um dos fatos em relevância no momento, dissecado abundantemente pelos meios de comunicação da época. Concordou Joubert , e pediu ao chefe de gabinete relação de pequenas cidades assoladas pela estiagem, entre elas estava a de Ingá. De pronto imaginou uma cabocla, Maria, Maria do Ingá, surpreendendo-se ao notar que a corruptela Maringá, soava bem, e dirigindo-se mais uma vez ao chefe de gabinete, perguntou onde nascera o Ministro, Areia, desanimou-se, não era palavra boa de rima, e de chofre pergunta e você ? vem a resposta; Pombal, era o que ele queria,e em 13 de Junho de 1932, Gastão Formenti Gravaria, na Victor (V. 33.568-B) a música Maringá.
Letra:
Foi numa leva que a cabocla Maringá
Ficou sendo a retirante que mais dava o que falar
E junto dela veio alguém que suplicou
Pra que nunca se esquecesse de um caboclo que ficou
Maringá, Maringá
Depois que tu partiste
Tudo aqui ficou tão triste
Que eu garrei a imaginar
Maringá, Maringá
Para haver felicidade
É preciso que a saudade
Vá bater noutro lugar
Maringá, Maringá
Volta aqui pro meu sertão
Pra de novo o coração
De um caboclo assossegar
Antigamente uma alegria sem igual
Dominava aquela gente da cidade de Pombal
Mas veio a seca, toda água foi embora
Só restando então a mágoa
Do caboclo quando chora
interessante,a letra é legal,,
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