Não tenho mais idade para contemporizar com quem pensa diferente dos meus convencimentos. Querem ficar com raiva? Não façam cerimônia. Só não vou deixar meu dolce far niente para estar discutindo o que considero um absurdo.
Aos fatos.
Não posso admitir que os governos gastem um tostão sequer com o patrocínio de blocos de carnaval e outro que tais enquanto a ultima criança estiver fora de uma boa escola pública ou o atendimento à saúde do povo deixe ao menos um paciente fora da excelência do serviço médico que se espera quando quem precisa é um familiar nosso. Mais ainda, como admitir que os cofres públicos banquem atrações caríssimas para animar festas de carnaval enquanto o povo não tem acesso a três refeições decentes diárias?
Querem brincar carnaval? Financiem-se.
Eu já provei como pode ser feito e no meu caso além de não aceitarmos qualquer verba publica também não aceitamos contribuições de empresas privadas. Fui mais além; nenhum folião paga qualquer valor para participar do meu bloco. Não tem essa de venda de camisetas e abadás.
Radicalizei. Nossa orquestra só toca frevos. Preservando o espirito mais anárquico do carnaval nunca tivemos hino oficial ou estandarte. Tampouco temos rainhas ou qualquer outro destaque. Lá todos são iguais com a liberdade de cada um usar a fantasia que quiser. Uma das minhas maiores alegrias é acompanhar uma tendencia crescente, a formação de pequenos blocos dentro da Baratona. São famílias e grupos de amigos que planejam suas fantasias ou camisetas e aquilo dá uma ideia absurdamente bela de alegria.
Para os que estão chegando agora, saímos sempre do bar Terraço, que fica à beira mar do Cabo Branco por volta das quatro da tarde pela calçadinha em direção ao largo da Gameleira com a orquestra puxando o povo. Como a Baratona é uma maratona de bares e a maratona percorre 42 quilômetros, nesse curto trecho paramos em 42 bares. Quem quiser consuma o que quiser, porém a maioria prefere levar seu “material” de casa em caixas de isopor.
Sempre foi um sucesso absoluto. Estou convidando vocês para no próximo dia 3 mergulharmos na felicidade, esperando que outras pessoas tomem iniciativa semelhante e possamos fazer de João Pessoa a capital brasileira dos bloquinhos no carnaval.
Muito boa a explanação e sempre venho acompanhando seus comentários no blog do Vavá e essa seria a melhor idéia para os nossos governantes e não usar a máquina pública para financiar carnaval. Parabéns dia 03 estamos juntos.
Obrigado
Concordo com seu pensamento, gostaria que o governantes te ouvisse e colocasse em prática, parabéns.
Magnífica explanação Marcos. Você enxerga longe e enxerga bem. Consciente e preciso, deveria vc seu ouvido pelos políticos, administradores e executores
Parabéns Marcos você sempre consciente das necessidades da sociedade.
Obrigado
Tenho acompanhado, já demanda de anos, mesmo a uma certa distância, o bloco das baratonas. Conheço o idealizador, mas nunca tive oportunidade de uma maior aproximação que permitisse meu acesso a referida agremiação e, consequentemente, a possibilidade de participar do desfile como membro do bloco.. Com essa abertura, proposta pelo Dr Marcos Pires, dando conta de que qualquer pessoa pode participar, independente de convite, vou tentar influenciar outros carnavalescos e, quem sabe, a gente possa aumentar o número de foliões no referido bloco.
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