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Blog do Vavá da Luz

ÚLTIMO ADEUS A AMIGA LILIANE ( Marcos Bacalháo)

 

LILI

“ AQUIETA-ME, NÃO POR QUE A MORTE LEVOU O QUE TENHO GUARDADO DENTRO DA MINHA ALMA, MAS PARA QUE O INTERVALO SIRVA  DE TEMPO SUFICINTE PARA MOSTRAR QUE TUDO CONTINUA VIVO DENTRO DE MIM. (Rita Padoin)

 

 

A morte está presente na vida de todos nós, para alguns mais cedo, para outros, de modo mais trágico, e para os privilegiados, de forma a corresponder com os grandes ciclos naturais da vida. Embora parte da vida, a morte é vista em nossa sociedade como algo a ser evitado, como se morrer fosse adversário do processo de viver.

 

Essa visão se baseia em três princípios. Primeiramente, quando se está na vida, é preciso encontrar forças para lutar por ela e a morte elimina qualquer possibilidade de continuidade dentro da mesma perspectiva de antes. Pode-se falar, é claro, da continuidade espiritual, da prevalência das memórias que mantêm viva uma pessoa que se foi. Mas o fato é que a morte interrompe um processo, modificando as possibilidades e os rumos dos envolvidos. Por isso, a batalha entre pulsão de vida e pulsão de morte, coloca muitas vezes as duas em extremidades opostas, apesar da morte estar contida na vida e esta naquela.

 

O segundo ponto que nos faz temer a morte é o que vem depois dela. De todas as transformações, a morte é a mais definitiva e profunda, arrebatando nosso ser para uma realidade completamente desconhecida.

 

E finalmente, o último elemento que nos faz ter repulsa à ideia da morte é a dor. Em qualquer língua, em qualquer época, em qualquer história, dor é dor, e requer muito treino, paciência e aceitação para se tornar construtiva em nossa trajetória. A dor é uma violência para a alma e nos tira do patamar de compreensão que tínhamos até então para nos lançar ao estado do limbo, no qual não se pertence a mundo nenhum, pois a conexão com a realidade fica frágil.

 

Nascemos, crescemos, morremos. Esta é a sequência natural da vida. A eterna renovação da vida. Mas ainda que tenhamos conhecimento de que nascemos para permanecermos determinado período na Terra, e de que um dia teremos que retornar ao mundo espiritual, ainda assim nunca estamos preparados para a partida daqueles a quem amamos. Ao partirem deixam um enorme vazio em nossos corações e a dor da incerteza, da dúvida. Nestes momentos não podemos permitir que o desalento, a dor e a tristeza tomem conta de nós. Devemos elevar o nosso pensamento a Deus e a Jesus pedindo forças, ânimo e coragem para prosseguirmos, pois a vida segue.

2 comentários em “ÚLTIMO ADEUS A AMIGA LILIANE ( Marcos Bacalháo)”

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