Marcos Pires

A Lies University realizou um teste elaborado pelas maiores autoridades mundiais, com o objetivo de medir o grau de corrupção das pessoas. Vamos a uma pequena amostra.

• Você descobre que seu chefe, usando da importância do cargo, está conseguindo empregos para parentes e amigos dele. Você: A- denuncia o caso através da imprensa provocando um escândalo; B- vai ao superior do seu chefe e faz a denúncia sigilosamente; C- pede demissão indignado; D- pede ao seu chefe para conseguir um empreguinho para seu filho.
• Você descobre que foi lançado indevidamente em sua conta corrente bancária o valor de quinhentos mil reais, fruto de um depósito que não pode ser identificado. Você: A- imediatamente denuncia o fato através das redes sociais, inclusive postando a cópia do extrato bancário; B – vai ao gerente do banco e faz uma reclamação sobre o fato; C – fica quieto e aguarda 30 dias para ver se vão corrigir o erro; D – transfere imediatamente a quantia para aquela poupança que estava parada há dois anos.
• Você descobriu que seu vizinho, amigo de longas datas, foi flagrado numa operação da Policia Federal onde provou-se que ele desviava recursos públicos há muito tempo, tendo na Suíça depósitos de mais de 50 milhões de dólares, afora diversos pacotes com milhares de euros escondidos nos lugares mais incríveis da casa dele. Você: A – sem ninguém chamar vai à sede da PF prestar depoimento; B – fica constrangido porque fez papel de otário sendo amigo de um bandido; C – fica com muita raiva porque ele não te chamou pro esquema; D – espera os “homi” da PF saírem e vai cavoucar o quintal do vizinho na esperança de achar algum pacote de euros esquecido.

São 30 perguntas iguais a essas, e a forma de aferir o resultado é incrível, variando de todas as respostas na letra A até todas na letra D, passando por uma infinidade de alternativas.

O que me chateou foi eles colocarem nos tais resultados, para quem respondeu todas as alternativas na letra D, a “pitoresca” observação (estou fazendo uma tradução livre do inglês): “- Are you tem certeza de que não é um político brasileiro?”.