Somos o que podemos realizar no tempo presente… ( Carlos Dunga Jr )

Somos o que podemos realizar no tempo presente…

Disse a música de Belchior: “… Não quero lhe falar meu grande amor
Das coisas que aprendi nos discos…
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa…”.
Entendi, em muitas estações vividas, que somos fruto de tudo que permitimos e interpretamos para nós mesmos. Ressignificando sempre o passado vivido, horando a mim, honrarei e perpetuarei a minha história. O aqui é o agora… o amanhã é amanhã.
Quando recebi a missão de lidar com o trânsito – e nele temos como meta salvar vidas – enchi-me de forças, revestidas da mais pura ousadia, no propósito definido de cumprir as normas e códigos. Entretanto, temos como visão que precisamos transitar em espaços onde pessoas, vidas, necessitam comungar da preciosa virtude que é o respeito para a realização do todo.
Chego a parar em pensamentos, quando vejo o desrespeito ao outro, a mim e a ti, no não respeito a uma passagem na faixa de pedestre, no avanço semafórico, na não obediência ao limite de velocidade, na obstrução de uma rampa de acessibilidade, na ocupação de uma vaga de estacionamento de pessoa com necessidades especiais ou de idoso – é o ato mais visível nos dias de hoje.
A música ainda diz:
“… Por isso cuidado meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram
E o sinal está fechado pra nós
Que somos jovens…”.
Nessa metáfora, o jovem estaria condicionado com o novo, o tempo agora, o hoje, e a vitória do perigo que vence sempre, seremos tu e eu responsáveis por esta derrota.
Não!!!! Levanto-me nessa batalha mais forte, para vencer a conduta, a norma e o respeito; abrirei o sinal verde da vida e contarei a todos o propósito que não sequela e salva.
Continua o poeta:
“… Hoje eu sei que quem me deu a ideia
De uma nova consciência e juventude
Tá em casa
Guardado por Deus Contando vil metal…
Minha dor é perceber
Que apesar de termos feito tudo, tudo
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos os mesmos
E vivemos como os nossos pais…” .
Aí, onde fazer diferente, depende de mim e de ti, como meu avô e o de Nelson de Sorocaba, onde o tempo e a vida nos proporcionam o momento de um encontro nesse trecho, em vida, e compartilhamos o que eles deixaram como legado.
E nós, dentro desses ensinamentos tropeiros, verdadeiros, bravos, desbravadores, ousados, temos a grandiosa responsabilidade de fazer a diferença: e salvar vidas é a meta.

De um dia de Domingo
04/06/23
Carlos Dunga Jr