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Sempre que puder ouvir, escute na essência…

 

Por anos, me deparei com essa frase: “Calma, espera eu terminar de falar”, ou “Pare de falar para que possa falar, eu falo”, e assim continuava eu no atropelo dos tempos, devorando as horas, no caminhar dos meus passos, sem dar ouvidos ao que podia acrescentar para um dia e tempo bom.

Foi quando um certo mestre me falou para parar para ouvir o outro na essência, ouvir até eu mesmo, sentir e regurgitar palavras, curtir o som das vogais e consoantes proferidas pelas pessoas e até pelo universo. Sabia que a maior surpresa foi quando ouvi eu mesmo, minha fala, e nela estava explícito o meu eu que clamava por piedade.

Nessa revalidação de vida, ressignificação de estrada, me senti ser humano renovado e revestido de forças para enfrentamento das horas. Parar e ouvir é, no mínimo, elegante, educado, humano e sábio; é a soberania, é a excelência da prática do amor. É grande, é saudável, é simplesmente ser humano.

Passam hoje as horas, os dias, e procuro exercer a escuta, especialmente a que vem de Deus e me faz vivo. Escutar é viver. Ouvir na essência é sobreviver.

De um dia de Domingo
06/07/25
Carlos Marques Dunga Jr

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