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Renascer para validar a sua própria existência

Nesses dias em que atravessamos desde um período eleitoral no Brasil, ataques bélicos cinematográficos entre Israel e Líbano, a fúria do furacão Milton, nos EUA, e ainda as queimadas nas florestas brasileiras, parei, deixei a lágrima escorrer no canto do olho, enxuguei, e me vejo diante desta tela a escrever o que sinto agora.
Vejo que o direito de nascer é concebido a uma criatura que, neste conceito digno de se tornar um ser humano, esse processo de um corpo que vem ao mundo e será o autor de sua história, isso tudo para quem ama e tem fé, alimentado por sua alma.
Durante esse percurso, morremos e renascemos várias vezes, porque são necessárias estas mortes em vida, para nos fortalecermos
no renascer, onde podemos ressignificar erros e construir a trajetória da vida, contando como se aprende, como se molda ao bem, como se recompõe diante das estações, e como podemos plantar e colher no tempo bom.
Vendo nos dias que antecedem o pleito eleitoral hoje, e lendo os fatos e relatos dos feitos que a própria justiça tem conhecimento e finge não ver, onde o voto vira mercado, tem preço de uma feira de 50 ou 100 reais, dependendo do financiador, faz a diferença na decisão dos próximos dias.
A mentira ganha cada vez mais espaço na boca dos “Doutores do Poder”; o homem, a mulher, o jovem e o de mais idade, o sindicato, a associação, são amordaçados, calados, ou direcionados a ultrajar o bem, a verdade, a hora e o dia.
No acompanhamento do bombardeio, onde a imagem na noite, o risco de fumaça no céu, a explosão pirotécnica e o engajamento na rede social, no acompanhamento on-line, fizeram quase desaperceber o alvo atingido que havia sido famílias, hospitais, homens, mulheres, crianças, jovens abatidos no massacre sangrento.
A força do furacão vira atração midiática, antes mesmo de chegar ao solo, disseminada a teoria, valorizado o efeito da catástrofe, antecipado o caos, até o fake foi acionado na confusão das mentes, para conduzir o processo em curso, onde se consegue, na imagem dos dias, comungar a colhida dos desrespeitos ao ambiente do planeta Terra.
Sem pena, queimam as florestas, secam o rio, aquecem os tempos, esfumaçam o ar, fazem ficar cinza o dia, sujam a cidade, trancam a porta, fecham a escola, param a produção, empobrecem o homem, não tocam o sino da igreja, matam o pássaro no ninho, esturricam em carvão o animal silvestre, fazem uivar e chorar o galho retorcido pelo fogo, floresta a dentro: sai o verde, fica a treva.
Nos relatos deste dia de domingo, parei, renasci com mais veemência, mais fé, mais Deus, para lutar pelo voto livre, o mundo sem guerra, a natureza respeitada, e pelo renascimento das cores na floresta.
Que o homem seja livre e o amor de Deus permaneça entre nós!

De um dia de domingo 13/10/2024
Carlos Marques Dunga Júnior

1 comentário em “Renascer para validar a sua própria existência”

  1. Bela reflexão poeta Dunga, só mentes sensíveis destaca de forma prosada, poética, uma reflexão desse momentos triste que a humanidade atravessa. Claro que todos sentem, se sensibilizam, mas expressar é para poucos.
    A natureza agredida, por anos, começa a responder com a hostilidade do clima, a própria agressão que parte dessa “humanidade” tem provocado.
    Sem ausência de diálogo, abre-se o fronte, as guerras que assistimos numa mídia que enfatiza a pirotecnia sem sangue mostrado, onde dezenas, centenas de vidas são ceifadas, por bombas, por suas consequências. Onde falha a diplomacia e a democracia o belicismo se estabelece. Muito cuidado, não venda seu voto! é vergonhoso. Quem compra votos, não tem compromisso algum com a democracia. Parabéns Dunga.

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