Andam processando jornalistas. Sempre processaram, mas agora estão processando mais. É a campanha política pegando fogo, a lei eleitoral dando panos pras mangas dos candidatos e estes tirando proveito. Tem candidato que contratou equipe somente para chafurdar os blogs e portais em busca de temas para novos processos. Pelo zapzap os coleguinhas avisam: “chegou mais um”, “ói outro” e assim por diante.
Os prazos da justiça são curtos. O processado tem apenas 48 horas para ofertar defesa. E tome processo, e tome multa.
A sorte dos jornalistas está nas mãos de um juiz justo, cujo nome vou omitir para evitar más interpretações, que já avisou aos processadores de plantão: “Não vou cair na onda de vocês. Cada caso será estudado minuciosamente e somente depois emitirei juizo de valor”. Falou mais ou menos assim, não decorei, mas foi nesse sentido. O que o magistrado quis dizer foi o seguinte: Não estará, nem ele nem a justiça, a serviço da sede de vingança deste ou daquele candidato. A intimidação, que no fundo é o objetivo de quem processa, é um desserviço à liberdade de expressão, é a arma utilizada pelos covardes para encobrir verdades.
Ainda hoje pago duas multas aplicadas em eleições passadas. Multas salgadas, que me obrigam ao desfazimento de recursos da minha feira e dos remédios das crianças para evitar o lançamento do meu nome na lama das restrições. E digo que são injustas, embora legais. Injustas porque atenderam a vindita de quem quis se vingar do jornalista que o contrariava e o “legais” antecedido do “embora” cabem aqui para chegar a constatação de que nem sempre a letra fria da lei faz justiça ao condenado.
O pior é que quem processa, na maioria das vezes, tem rabo preso a alguma maracutaia. Nessa minha caminhada de longas estradas enfrentei um processo onde o suposto ofendido se dizia com a honra maculada porque o acusei de abandonar a causa antes do desfecho.
Em conversa com o dono da causa, o abandonado, tempos depois, ele desabafou:
-Você disse pouco. Esse sujeito estava almoçando com meu adversário, ainda no meu mandato e ele nomeado como meu assessor, ofertando informações em troca de cargo no futuro reinado”.
Ando meio acovardado, confesso. Cansei de ser multado. Não estranhe o leitor em ver a partir de agora neste blog, em vez das fofocas políticas da campanha, receitas de bolo, aulas de como assar um preá, o melhor jeito de se comer uma xoxota sem melar os beiços e qual o melhor remédio a ser receitado a quem padece de males de amor.
Duvido que isso dê processo. E se der, com certeza será um processo movido por quem comeu demais e pegou um bucho inchado.
É um assunto polêmico, os jornalistas tem seus fichas-sujas preferidos, mas só apontam o dedo para os sujos do outro lado.
Pedro Marinho, só mostra a sujeira do PT e esquece de mostrar as m. que os TUCANOS Sapiens já fizeram e fazem no Brasil.
Viva à liberdade de expressão!
O problema vem quando jornalista resolve fazer campanha política usando seu espaço, as vezes o cara tomado pela emoção, acaba falando demais e da motivo pra o adversário processar.
Isso é só um jogo, na próxima eleição a gente ver todos no mesmo palanque com a cara de rapariga pedindo voto e o jornalista pagando processo.
– Eu tô fora!
Não é possível comentar.