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Patos vem aí – Marcos Pires

Patos vem aí – Marcos Pires

Minha amiga Albiege deu o alerta; está fazendo calor demais. E olha que ainda nem estamos no verão. Antigamente a chegada do verão representava a vinda das meninas bonitas de Campina Grande para o veraneio, banhos de mar e assustados. Parece que quem vai chegar neste verão será Patos com sua temperatura. Lembro de uma namorada que conheci lá, mas ela só veraneava em Patos, na verdade morava em Vista Serrana.

Mas vamos ao calor. Tudo vale para fugir dele, porque no calor chegamos a delirar. Eu mesmo já pensei ter visto num dia excepcionalmente quente um calango usando sandálias havaianas. De outra vez abri a porta da geladeira para tomar agua e me surpreendi dez minutos depois ainda lá, aproveitando o clima. Imagino que com vocês deva ser assim também. Eu chego ao cumulo de vibrar com aquela paradinha que o ventilador dá bem em frente a mim antes de voltar a fazer aquela meia volta e ir privilegiar os outros.

Um amigo me disse que quando era pequeno, corria para o quarto dos pais dele à noite com medo do bicho papão. Os netos dele correm hoje para seu quarto para aproveitar o ar condicionado, de onde ele concluiu que o calor é pior do que o bicho papão. “-Só pode, né? Começa com mesmo C de capeta”. O maconheiro que faz ponto no bar em frente ao Flat onde moro me parou ontem para comentar esse calor terrível: “- Mermão, se agora já está assim, imagine quando o segundo sol chegar para realinhar a orbita dos planetas””. O maluco viajava em Cassia Eller, claro.

Na verdade, se calor fosse bom o inferno seria gelado. Por falar em inferno me lembrei de Temer (Primeiramente fora Temer). Renato, que cuida do Flat, me disse que votaria da reeleição do Presidente se ele acabasse com o calor.

Mas nada se compara à história de Seu Carlos Alberto, que já meio senil foi ao médico. Disse que estava doente, porque depois de fazer sexo com a esposa, na primeira vez sentia frio, e quando repetia o ato sexual sentia muito calor. O médico pesquisou na internet e em todos os compêndios o que poderia causar aqueles sintomas, até que numa outra consulta saiu discretamente da sala, deixando o paciente sozinho lá, e foi conversar com a esposa do Seu Carlos Alberto que estava na recepção. Depois de muitos arrodeios falou do problema e ela caiu na gargalhada: “- Ah velho maluco. Não é nada demais, Doutor. O que acontece é que ele faz o primeiro sexo no mês de junho e o segundo em dezembro”.

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