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“Meu Irmão, Meu Par” (Dunga Júnior)

“Meu Irmão, Meu Par”

Como diz a música, quando eu era assim, bem menor… eu fui avisado da chegada de Carlos José Castro Marques. Seria meu segundo irmão, depois de minha irmã Carleusa, que nasceu dois anos depois de mim – o terceiro filho veio 7 anos após.
Foi uma alegria enorme, só superada no dia de seu nascimento, a 22 de janeiro de 1974, em plena festa de Janeiro, da Padroeira de Boqueirão, nos tempos em que o sexo do bebê só se descobria no dia do nascimento – foi uma festa grande.
Cazé – é assim que o chamamos desde a sua chegada, menino que se fez homem e nos honra muito por sua trajetória de vida, pelo ser cidadão, pai, esposo, filho, amigo e “irmão”.
Esse é o sentimento maior que quero destacar: ele é sete anos mais novo que eu, e é um ser que dá vontade de estar, ficar, rir e chorar junto dele. Ele é paz, sabedoria, força e luz.
Como devemos, em preces, olhar e lembrar do irmão que Deus nos abençoou em tê-lo.
Lembro dos primeiros passos, caminhos, lanches, brigas, histórias nossas; segredos confessos, juras e mentiras contadas e desfeitas.
Em irmãos, permanece um sentimento a mais que é o amor, aquele que herdamos de Pai e Mãe; aquele que dividiu o quarto, a mesa, o lanche, o filme da TV; aquele amor que tem cheiro, que tem saudade, que tem vontade de se encontrar – este é o amor de irmãos.
Não basta a mensagem do WhatsApp nos dias de hoje, não basta a ligação do telefone; não podemos perder esse encontro amigo e fraterno por uma mensagem “kkk-pqp-rs”. Amor de irmão é aquele que também chorou na chinelada certeira e justíssima de mainha; é o que viu os dentes de leite caírem e tentou ser dentista; que curou a ferida e o machucado da perna; amor de irmão é aquele que basta fechar os olhos e enxergar a alma do outro, em seu estado de satisfação.
É, hoje, vou abraçar meu irmão Cazé, e digo abraçar o seu também.
Conta a história desse amor, pois, assim, encerro o texto do domingo com a estrofe da música que diz: “Sei que a vida vai aprontar,
E o que vier, azar,
A dois é fácil segurar,
Se Deus deixar, viu,
Meu amigo,
Vou sempre estar aqui,
Junto a ti, feito corpo e alma,
Meu irmão, meu par…”
Cazé, eu lhe amo!

Dunga Júnior
De um dia de domingo 22/01/23 (Aniversário de Cazé).

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