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Blog do Vavá da Luz

MAUS HABITOS (Marcos Pires)

marcos

É da minha natureza observar as pessoas nos mais diferentes ambientes, mas principalmente em restaurantes. Talvez porque eu more num flat de poucos metros quadrados, sem cozinha, e tenha que fazer todas as refeições “na rua”, tornou-se habito essa pesquisa absolutamente sem base científica, mas com certeza recheada de verdades.

Essa coisa de maus hábitos vai dos ricos aos pobres, dos ambientes de luxo aos bandejões da vida. Os maus hábitos são facilmente detectados, como por exemplo sair do ambiente onde foi feita a refeição com um palito espetado entre os dentes, conversando ou falando ao celular (como conseguem, sem machucar a língua?). Aliás, isso me lembra aquelas pessoas, ricas ou pobres, que depois da refeição chupam os restos de comida que ficaram espetados na dentadura e ainda usam as unhas para auxiliar. Conheço um certo falso milionário daqui que cultiva uma unha enorme no dedo mindinho só para essa finalidade.

Uma particularidade própria das mulheres é levantarem depois das refeições, usando calças compridas muito apertadas e ajustarem a calcinha puxando-a com os dedos, até ser ouvido o característico “ploc”. Os homens não ficam atrás. Sei de dois, pelo menos, que tem o estranho mau hábito de coçarem seus “possuídos” em público. Um deles, pasmem, ainda cheira os dedos depois!

Será que essas pessoas não sabem que estão sendo observadas? Lembro que o técnico da vitoriosa seleção alemã na Copa de 2014, um senhor muito elegante vestido num caro terno, apareceu na televisão à frente de bilhões de telespectadores, e enquanto sua equipe liquidava o Brasil por 7 x 1, meteu o dedo no nariz e retirou de lá algum produto, com o qual fez uma bolinha e em seguida deglutiu-a.

Mesmo os cumprimentos sociais, tem que ter uma certa moderação. Tapa nas costas quando dada com força é convite para briga. Dedos; dedos são terríveis. O cidadão fala com você enfiando um dedo em seu peito ou, pior ainda, espetando sua barriga.

O campeão dos maus hábitos, entretanto, é o cidadão que teima em falar com você muito próximo. Quase cola o rosto, e o pior é que esse tipo ou solta perdigotos (aquelas bolinhas de cuspe que…deixa pra lá!) ou é o campeão do mau hálito.

Ah, higiênico leitor, por que será que as pessoas com mau hálito tem tantos assuntos “importantes” para falarem conosco juntinho dos nossos narizes?

1 comentário em “MAUS HABITOS (Marcos Pires)”

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