Eu só quero saber se meus primos estão bem!? (Carlos Marques Dunga Jr)

Neste mundo de hoje – este, depois que a gente cresce, depois que tudo que sonhamos se torna real, mesmo que não seja na intensidade da realidade nem do sonho -, neste tempo real que você contou para aquele seu primo ou prima, e riram um do outro. Confidenciaram muito, riram bastante, embora hoje nem estejam mais se vendo ou se falando, mas, na concretização dos dias, você lembra quem foi o primeiro a saber.
Lembram, primos e primas, das noites de lua, das noitadas de dinheiro pouco, mas de muita diversão? Dos passeios, dos encontros, dos sabores? Do compartilhar dos passos adolescentes, da comemoração do vestibular, do convite de formatura e de casamento?…
E hoje? Das mensagens que por muitos recebemos, nessa linguagem “wathsappiana” – kkk, oi, pqp…. Falta ouvir seu riso, sua gargalhada, ver seus olhos.
Era muito bom dividir as confidências, compartilhar os sonhos, as próximas férias, as próximas festas, e até as próximas semanas. Era tudo isso cenário de um encontro de primos e primas, e as mentiras do próximo verão.
Hoje, digo e repito, os encontros em velórios de família não preenchem a vontade que tenho em contar e saber como estamos bem melhores. Já somos avós, somos quase 60tões, e nesse vácuo de tempo, com uma pandemia no meio, eu só queria saber como você está agora…
Continuo pensando e sonhando, e vocês estão presentes nesses momentos, como o que descrevo agora.
Repito: só quero saber como vocês estão e dizer que continua viva em mim a nossa história, de um tempo onde conhecíamos nossos primos legítimos, de primeiro, segundo, terceiro… décimo grau, meus amigos, e que amamos muito.
Como você está agora
Quero que esteja muito bem…

De um dia de domingo.
25/02/24
Carlos Marques Dunga Jr