Entre a Política e a Religião
Tudo poderia ser uma grande conexão, desde o momento em que, para se definir uma crucificação, um disse: “lavo as mãos” e o outro fala: “quem decide é a galera”, sendo que o povo, que sequer imaginava o que acontecia, ainda mandou soltar Barrabás e condenou o maior líder do mundo.
Hoje, especialmente quando relacionam Política x Religião, e esta é a eleitoral, confundem-se, contradizem-se, mentem-se, e chocam-se as crenças, o verbo, a ética e a conduta de quem usa a política como credo e o credo como política.
Até os templos se revestem de condutas dúbias, em troca de ideologias nunca defendidas pela oração mundial, que fala em voz santa: “perdoai as nossas ofensas”, e ofendem, sem dó, a honra e a vida.
Seria a vontade e a conduta do lavar as mãos repetida pelo fraco, ou o “joga para a galera” que eles decidem, ato repetido em massa de manobra, onde, pelo tom do verbo, da mentira eletrônica, conduzida pelo conceito formulado em benefício do caos, que se orienta a massa rude revestida de intelecto.
É, este é o momento mais triste de uma nação e de um povo, este mesmo, onde deverão cada vez mais crucificar o líder, calar o verbo, sentenciar pela massa de manobra, “hoje fakenews”, e crucificar pela decisão de um mesmo povo, cada vez mais aberto a não querer entender e sim compreender o que de melhor lhe convém.
Seria então necessário, aos da Política, o livre direito da verdade ser exercida com transparência e coragem, e, aos da Religião, conduzir o credo e o verbo com mais oração e menos tentação.
Rogai por essa nação, sacrossanto Deus, “em suas mãos entrego meus dias”.
Continuo a derramar a lágrima dos dias, ao me deparar com a política da ira e do manuseio da massa populista, em favor do benefício do poder, que cala o verbo, mata pela fome, preserva a pobreza, embriaga o grito e decide pela cegueira do povo enfurecido, direcionado por decisões sem elacão plena, sabedoria, dever próprio e conduta ética.
Resta, a nós, o simples dever de nossa avaliação, com tudo o que já vivemos e presenciamos na vivência das horas.
Chega a “mea culpa”, pois a honra para quem tem honra e a culpa para quem tem culpa; chega de injúria, má fé, difamação, mentira em favor do poder pelo poder; viva a liberdade e essa tal democracia.
Eu só queria a liberdade de ser livre para a minha escolha e respeitar a sua – “só queira olhar, seu olhar seu olhar”.
Eis mais uma hora de escolha para conduzir os destinos da amada nação brasileira, aos políticos que disputam cargos eleitorais o discernimento de conduzir um povo com ética; aos que conduzem o povo pela religião, preguem a fé e o amor… será bem mais fácil continuar alardeando o ensinamento maior deixado por Deus “amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. Ele ensinou o amor e o respeito e muitos não aprenderam sua lição.
E assim cantou o poeta Argentino
” Solo le pido a Dios
Que el dolor no me sea indiferente
Que la reseca muerte no me encuentre
Vacía y sola sin haber hecho lo suficiente
Solo le pido a Dios
Que lo injusto no me sea indiferente
Que no me abofeteen la otra mejilla
Después que una garra me arañe esta suerte
Solo le pido a Dios
Que la guerra no me sea indiferente
Es un monstruo grande y pisa fuerte
Toda la pobre inocencia de la gente
Es un monstruo grande y pisa fuerte
Toda la pobre inocencia de la gente
Solo le pido a Dios
Que el engaño no me sea indiferente
Si un traidor puede más que unos cuantos
Que esos cuantos no lo olviden fácilmente
Solo le pido a Dios
Que el futuro no me sea indiferente
Desahuciado está el que tiene que marchar
A vivir una cultura diferente
Solo le pido a Dios
Que la guerra no me sea indiferente
Es un monstruo grande y pisa fuerte
Toda la pobre inocencia de la gente
Es un monstruo grande y pisa fuerte
Toda la pobre inocencia de la gente”.
De um dia de domingo.
Carlos Dunga Jr
02/10/2022
Excelente, uma lição de moral envida
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