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Blog do Vavá da Luz

ASSIM FALOU SEU ERNESTO

Os problemas tanto sociais como ambientais devem ser tratados numa perspectiva integrada e sistêmica para realmente terem efeito sobre a qualidade de vida da população. A simples preocupação conservacionista da natureza, sem uma sensibilidade social aliada à incapacidade de apontar modelos de desenvolvimento sustentável só pode agravar a miséria e abrir caminho a uma devastação ambiental ainda maior no futuro. O caminho para combater a miséria e o desperdício é a geração de trabalho e empregos de forma intensiva, a preservação e recuperação ambiental e o desenvolvimento de novos setores da economia, baseados em tecnologias limpas. A crônica marginalização de milhões de pessoas em relação à sociedade produtiva e de consumo foi agravada pelo aumento do desemprego, atingindo trabalhadores previamente integrados, resultantes da desregulação da economia e da institucionalização da corrupção. Precisamos lutar pela retomada de investimentos produtivos prioritariamente na melhoria da qualidade de vida da população em todos os níveis, em novos serviços que preservem e recuperem o meio ambiente e melhorem o cotidiano das pessoas, ampliando o acesso à terra, ao crédito e à orientação para uma agricultura produtiva e ecologicamente sustentável. Temos que educar as crianças para o pleno exercício da cidadania e a afirmação de uma cultura democrática de tolerância que estimule o convívio salutar das diferenças, afastando toda forma de opressão, discriminação e preconceito, que faça da solidariedade, do respeito aos direitos humanos e da defesa da natureza, valores permanentes da sociedade. A extraordinária riqueza cultural do Brasil vem sendo duramente corroída pela falta de apoio adequado e pela ação de variados predadores culturais. O poder público não pode estar ausente do apoio à produção cultural e artística mas também não pode ser um canal hegemônico para tanto. Deve haver apoio e subsídio às atividades culturais e artísticas de reconhecido interesse público e comunitário que tenham dificuldade de se viabilizar através do mercado. Por outro lado o poder público deve zelar para que as iniciativas culturais e artísticas que apóie sejam elementos de afirmação da democracia, da tolerância, da paz e da preservação do meio ambiente. Fomentar o livre florescimento da cultura e das artes, criando novos espaços culturais e dando apoio aos projetos escolhidos por rigoroso concurso, sem práticas de
compadrinhagem e tráfico de influência. Difundir os valores da defesa do meio ambiente, da não-violência, da fraternidade e solidariedade humana e do respeito às diferenças. A ecologia urbana é o grande desafio desse século pois cerca de 80% da
população brasileira se concentra nas cidades. A municipalização, descentralização e democratização dos serviços de distribuição de águas, o esgotamento sanitário e a despoluição hídrica, através da criação de conselhos das águas com a participação da sociedade civil. O acúmulo de lixo em áreas urbanas é um dos grandes fatores responsáveis por epidemias, que se constitui em ameaça à saúde pública, além de provocar inundações e desabamentos, e fator de depreciação da autoestima e da imagem das cidades que não conseguem lidar adequadamente com a sua coleta e destinação final. As áreas verdes de florestas urbanas ou periféricas, parques, jardins e arborização de rua, são indispensáveis para um ambiente urbano minimamente sadio. A preservação do verde urbano não passa pela tentativa de mantê-lo intocável mas pelo seu uso e aproveitamento bem organizado e compatível. O verde “selvagem” no espaço urbano é de extrema vulnerabilidade e sua não utilização, como unidade de conservação aberta a um uso regulado e disciplinado pela população, o expõe à ocupação irregular ou transforma em vazadouro de lixo e entulho. A existência de um sistema integrado de parques, corredores verdes, bacias de acumulação de águas pluviais, dotadas de vegetação compatível, bem como áreas livres de impermeabilização são importantes para uma qualidade de vida aceitável e para a prevenção de inundações. A arborização de rua – parte mais vulnerável do ecossistema urbano – tem um papel indispensável na mitigação do calor, da poluição do ar e sonora. A proteção e o manejo superavitário da arborização pública é um dos grandes desafios de ecologia urbana. É preciso reflorestar as áreas desmatadas e/ou degradadas em encostas, faixas marginais de proteção de lagoas, rios e canais, áreas de mangue e proteger e manejar adequadamente a arborização de rua assegurando que a sobrevivência e desenvolvimento das espécies plantadas ultrapassem amplamente as perdas inevitáveis dentro de um cronograma gradualista e cuidadoso. Instituir rotinas de tratamento das espécies doentes e uma política de podas cuidadosa e apropriada.

2 comentários em “ASSIM FALOU SEU ERNESTO”

  1. O povo exige respeito ao dinheiro público e comportamento ético, coerência e honestidade de seus governantes e da classe política. Não se deve fazer oposição pela oposição. Adversários não são inimigos a eliminar, mas cidadãos com os quais devemos dialogar, sem violências ou radicalismos, unindo-se para construir um País mais moderno e desenvolvido, mais ético, justo, e solidário.
    Na saúde pública, o problema não é só dinheiro e quantidade de profissionais. Precisa ser bem administrada, cuidada e pensada como um todo, não importa quem está pagando a conta do prédio ou dos funcionários. O sistema é único e integrado, onde estão disponíveis todos os serviços e a informação está ao alcance dos gestores, profissionais da saúde e, principalmente, do paciente. A saúde pública não é obra acabada. Saúde pública requer, todos os dias, ajustes, avanços, melhoria contínua. É um processo de modernização em busca da qualidade. Para desencadeá-lo, é preciso ter planejamento para saber aonde se quer chegar.
    Na educação, o Brasil convive com uma lógica em que o rico, por pagar boas escolas tem muito mais chance de cursar o ensino superior gratuito. Ao pobre, o país oferece apenas programas de crédito. Claro que nem todos os alunos teriam recursos para pagar as mensalidades, mas a estes seria reservado o direito ao ensino gratuito. Os esforços para superá-las devem ser empreendidos desde cedo. É preciso avançar na criação de um programa que estimule a adoção de políticas destinadas à primeira infância. Não há nada mais importante que garantir o desenvolvimento pleno de nossas crianças. Um imperativo moral, e também econômico: dez entre dez estudos demonstram que investir na primeira infância gera retornos crescentes. É necessário reorganizar o ensino médio. Flexibilizar o currículo, com menos disciplinas obrigatórias, dando ao jovem a oportunidade de escolher trilhas de acordo com seu projeto de vida. E promover maior integração da formação profissional de nível médio com as demandas de mercado. Construir um sistema público de equidade educacional para todos.

  2. As pessoas devem buscar a eliminação de qualquer ressentimento, raiva, rancor ou outro sentimento negativo sobre determinada pessoa, que tenha sido provocado a partir de um ato indelicado, decepcionante e de ofensa por parte de outrem, compreendendo que nós seres humanos estamos sujeitos a picos emocionais que nos leva a proferir palavras ou tomar atitudes das quais nos arrependeremos depois, por isso temos que ser resilientes para fazer com a situação volte a normalidade o mais breve possível, para que seja bom para todos.

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