Esta é uma semana decisiva para a eleição em que se disputa a Prefeitura de João Pessoa.

Decisiva e preocupante…

Neste segundo turno, o candidato Cícero Lucena (Progressistas) confirma o favoritismo sinalizado na primeira etapa da campanha. Ele obteve 43,5% da preferência dos eleitores, enquanto Nilvan Ferreira (MDB) ficou nos 32,1%, conforme os resultados da primeira pesquisa, divulgada pela RedeMais em parceria com o Instituto Opinião.

Apesar da notória tendência de Cícero ampliar a vantagem até o dia das eleições, o emedebista Nilvan Ferreira não pode incorrer num erro crasso que candidatos em desvantagem no segundo turno estão cometendo em várias regiões do País: o de partir para o ataque barato, o famoso “do pescoço pra baixo é canela”.

Se partir para o vale-tudo, Nilvan Ferreira, o mais destacado fenômeno das eleições municipais na Paraíba, poderá deixar se esvair pelo ralo alguma chance que ele porventura tenha de suplantar o seu concorrente.

Mesmo porque, até agora Nilvan vem conduzindo a campanha com um discurso moderado, inclusive descolado da sua ideologia bolsonarista externada ao longo de meses no radiofônico Correio Debate.

Se agora, na reta final de campanha, o candidato emedebista partir para o vale-tudo, poderá elevar ainda mais o seu alto índice de rejeição, e deixará claro à cara de todos, que está em desespero perdendo terreno e distância para Cícero Lucena.

Coincidência?

Imediatamente após a primeira pesquisa divulgada no segundo turno, o candidato Cícero Lucena vem sendo alvo de uma saraivada impiedosa de acusações e até de fake news, nas mídias sociais.

Parece até coisa orquestrada. Pelo menos até o fechamento da coluna, nesta segunda-feira (23), Nilvan Ferreira mantinha-se numa linha de discurso à altura de uma campanha civilizada.

Já os seus seguidores e admiradores – alguns, notórios militantes virtuais – partiram pra cima de Cícero sem dó nem piedade, à base do vale-tudo.

Este pode não ser o bom caminho a ser trilhado pela campanha emedebista.

Vamos aguardar, as próximas pesquisas dirão…

Por Wellington Farias