Na subida da ladeira eu vi a casa
Onde ali eu nasci e fui feliz,
Este lar que pra mim foi a matriz
Vi que o tempo a todos o arrasa
Foi cruel com aqueles que eu amei.
Muitas lágrimas ali eu derramei,
Em lembrar o meu pai já falecido
Fui rever o lugar que eu fui nascido
Senti tanta tristeza que chorei!
Um curral que ligava a cozinha
Onde tinha uma janela que abria,
Por ali minha mãe oferecia
O café bem quentinho quando tinha.
O seu gesto imponente de rainha,
No momento ali eu me lembrei,
De um passado que estava adormecido
Fui rever o lugar que fui nascido
Senti tanta tristeza que chorei!
Nesta casa eu senti a mocidade
Minha infância foi o tempo de riqueza,
A fartura que tinha em minha mesa.
Eu vivi essa época de verdade
Foi um tempo de minha liberdade
Para o futuro eu mim encaminhei
No presente reconheço que errei
Por ter tido um passado tão querido,
Fui rever o lugar que eu fui nascido
Senti tanta tristeza que chorei!
Só os pés de Mari ainda resiste,
Ao tempo que todos nos derrota
Minha mãe querida hoje está morta
Foi ali que passou-se a cena triste.
A laranjeira ali não mais existe,
No terreiro onde eu brinquei
No chiqueiro dos porcos observei
Tinha o coxo que ali foi esquecido,
Fui rever o lugar que eu fui nascido
Senti tanta tristeza que chorei!
Adeus casa, agora eu vou embora
Nesse canto não quero mais voltar
Porque tudo que pude observar,
Teve a mão desse tempo que devora.
Quem passar por aqui eu sei que chora,
Recordando os bons tempos que passei,
Só um dia aqui voltarei,
Se meu peito não estiver mais ferido
Fui rever o lugar que eu fui nascido
Senti tanta tristeza que chorei!
Muito bonito vavá poema . vc escreveu com o coração..da pra fixar emocionado só de ler..Parabéns…
Foi o poeta Marcos Baclahao
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