“A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.” Provérbios 16:18
“A vaidade dos outros só vai contra o nosso gosto quando vai contra a nossa vaidade.” Friedrich Nietzsche
A vaidade humana sempre foi um tema de reflexão profunda, uma armadilha sutil que nos envolve em suas teias brilhantes. Vivemos em uma era onde a imagem se tornou tão valorizada quanto o conteúdo, e, nesse cenário, a busca incessante pela aprovação alheia orienta nossas ações e decisões. O dilema reside na constante batalha entre o desejo de sermos admirados e a necessidade de sermos genuínos.
A vaidade pode se manifestar de diversas formas: nas redes sociais, onde cada clique e curtida se transformam em combustível para nosso ego; nos ambientes de trabalho, onde as aparências muitas vezes se sobrepõem à capacidade real; ou nas relações pessoais, onde o medo do julgamento nos impede de mostrarmos nossa verdadeira essência. Quando nos deixamos levar por essa incessante busca por validação, corremos o risco de perder o contato com quem realmente somos.
No entanto, é preciso reconhecer que a vaidade não é apenas negativa. Ela pode ser uma força motivadora, levando-nos a buscar melhorias e aperfeiçoamentos. O dilema está em encontrar um equilíbrio: como podemos valorizar a autoestima sem nos tornarmos prisioneiros das aparências? Ao refletirmos sobre isso, percebemos que a verdadeira beleza reside na autenticidade.
Ao invés de buscar a aprovação externa, talvez devêssemos focar em cultivar uma vida que nos orgulhe internamente. O desafio é grande, mas ao nos libertarmos das correntes da vaidade excessiva, abrimos espaço para relacionamentos mais sinceros e uma percepção de nós mesmos mais clara. Assim, o verdadeiro triunfo da humanidade se revela não na vaidade, mas na simplicidade de sermos verdadeiramente quem somos.
“Não ter vaidades é a maior de todas.” Millôr Fernandes
Graça e paz da parte do nosso Deus
Matusalém Alves Oliveira
Oportunas pontuações do Dr. Matusalém Alves. Sobretudo para um momento a imagem iconoclasta da aparência supremacia o “ter” pelo “ser”.
Isso nos lembra o filósofo brasileiro Mathias Aires, quando no século 18, publicou O Discurso Sobre a Vaidade dos Homens, no qual, no prefácio, alude ao El Rey de Portugal, D. José I, afirmando parecer-lhe uma contradição necessitar enaltecer a sua obra pela formal obrigação de justificativa perante a censura Pombalina sobre o seu texto que fazia uma veemente crítica sobre a vaidade, pois, como disse: ” …eu disse mal das vaidades, vim cair na de ser autor:verdade é que a maior parte destas reflexões escrevi sem ter o pensamente naquela vaidade.”
Uma obra que sugiro que todos façam uma leitura de um dos primeiros pensadores do Brasil.E refletir também, sobre os tempos atuais, no qual alguns pseudo poderosos ultra vaidosos, ainda persistem em olhar o ato de censurar como democracia.
Será fácil encontrar a obra gratuitamente em PDF.