Me fez companhia três amigas, sendo uma morena, uma loura e outra bem pretinha, linda a danada.
Pousamos na praia de ponta negra e começamos a beber, lá pras tantas, surge como que de improviso, dois cantadores de violas sendo que um, o mais moço , era crente e só falava em Deus e na Bíblia e outro, depravado na expressão da palavra.
Começou a peleja, nossa mesa ficou rodeada de curiosos e verso vai e verso vem, quando uma das minhas amigas, a mais próxima disse a um dos cantadores que eu era de ingá e que meu nome lá era VAVA DA LUZ.
O crente que já estava apanhando na peleja, arfou o peito, dedilhou a viola e disse
–
VAVA DA LUZ é um homem
Que hoje aqui nos visita
E com tanta mulé bonita
Num pode nem passar fome
Jesus que guarde seu nome
Diz Moisés nas tabuletas
Escrito com tinta preta
Cravado nos pés da cruz
Quer matar VAVA DA LUZ
Bote veneno em BUCETA.
O cantador depravado respondeu com um verso simplório e ele continuou
Bote veneno na dita
Que ele entra abaixado
Vai de banda quina e lado
A ele ninguém imita
Pois me disse a velha Rita
Numa de suas facetas
Inda lavando a maleta
Toda suja de bascús (Basculho)
Quer matar VAVA DA LUZ
Bote veneno em BUCETA
Aí ele olhou pras meninas que me acompanhavam
a Loura, a morena e a pretinha e continuou :
Moisés também já dizia
No versículo trinta e quatro
Que hoje ele lambe o prato
Dessas comidas sadia
A loura, come de dia
De noite ele come a preta
A morena é na punheta
Pode botar mais uns cús
Quer matar VAVA DA LUZ
Bote veneno em buceta
Aí o dono do bar, que era veado, veio intervir dizendo que tinha turistas e que o cantador estava falando palavrão, nome feio etc. no que ele retrucou assim:
Se esse nome é nome feio
Nascesse noutro buraco
Tua mãe não tem sovaco
Não tem perna pé nem seio
Não é aqui o teu meio
Já que tu és Maricota
Não sabes se tira ou bota
Mingau quente no cuscuz
Quer matar Vavá da luz
Bote veneno em xoxota
vavadaluz
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As viagens à Natal 2 e 3 se seguem nos Links abaixo
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