O Porto de Cabedelo, no litoral Norte da Paraíba, pode ser transformado em escala dos cruzeiros marítimos vindos da Europa para o Brasil. A informação é do presidente da Clia Abremar (Associação Brasileira das Empresas Marítimas), Marco Ferraz, que estará em João Pessoa em outubro onde participará do Festival do Turismo de João Pessoa, que será realizado no Centro de Convenções.
Marco Ferraz pretende agendar uma visita ao porto paraibano para conhecer a sua infraestrutura, que inclui o aumento do calado, terminal de passageiros, entre outros itens que podem definir ou não a decisão de explorar o equipamento a partir da temporada 2017/2018. Atualmente as armadoras exploram os portos de Recife e Salvador.
O porto paraibano já teve seus momentos de grande movimentação de cruzeiros, quando a armadora MSC Cruzeiros atracou 14 navios na temporada 2009/2010. A operadora CVC também já utilizou o porto para atracar seus navios, que saiam em direção ao porto do Recife.
O dirigente da Abremar disse que o segmento de cruzeiros marítimos vem passando um dos seus piores momentos dos últimos cinco anos, com redução de navios nos mares brasileiros e consequentemente perda de passageiros e receita.
A temporada 2016/2017, que começa no dia 21de novembro e segue até abril, terá 10 navios – uma redução de 30% em relação à temporada do ano passado -, o que irá impactar também na perda de força de trabalho, de cerca de 9 mil empregos.
Marco Ferraz admitiu que a próxima temporada não tem mais como ser trabalhada. Há queda nas vendas de cabines também, apesar das promoções que as armadoras estão fazendo e do crescimento da frota, com novos navios e mais tecnologia e serviços oferecidos aos hóspedes. De acordo com ele, o problema não é o preço das cabines, mas, principalmente, a falta de novos destinos no mercado brasileiro.
Para tentar tornar os cruzeiros mais atrativos, Marco Ferraz disse que a Abremar tem buscado informações de novos destinos, como Camboriú, Florianópolis, Guarapari, Vitória, Porto Seguro, Morro de São Paulo e Barra Grande, locais onde os navios ficariam fundados e os passageiros sendo desembarcados por meio de barcos menores.
MaisPB/VAVADALUZ