Segundo a pesquisa, são eles que perdem o apetite sexual primeiro, e os fatores podem envolver tanto problemas de saúde quanto a pressão social

Apesar de pesquisas anteriores apontarem que são as mulheres que mais costumam perder interesse em ter relações sexuais com o parceiro , parece que não é bem assim. Um novo estudo realizado pela Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos, está sugerindo que, na realidade, são os homens que não conseguem ter a mesma paixão na cama depois de alguns anos de relacionamento com a mesma pessoa e perdem a vontade de fazer sexo.  

Segundo estudo, os homens têm a tendência de perder o apetite pelo sexo antes quando estão em um relacionamento

shutterstock

Segundo estudo, os homens têm a tendência de perder o apetite pelo sexo antes quando estão em um relacionamento

A nova pesquisa foi publicada no “Journal of Sex Research” e, de acordo com os cientistas, existem “suposições claras em nossa cultura de que as mulheres têm menos desejo sexual do que os homens”, mas a investigação sobre o assunto provou que os homens não são tão “insaciáveis” assim no sexo — especialmente se estão em um relacionamento de longa data. 

Os pesquisadores analisaram outros 64 projetos científicos sobre desejo sexual que foram realizados desde 1950 e compararam os dados de cada um. Os resultados indicam que a sexualidade masculina é tão complexa quanto a feminina e que eles estão tão propensos a não querer ter relações sexuais com as parceiras quanto elas. 

“Nós [sociedade] esperamos que o desejo masculino esteja sempre alto e que seja simples, como um ‘botão de liga e desliga’, enquanto o das mulheres precisa ser um teclado complicado com vários ‘botões’, mas os dois são muito complicados”, explica a professora Kristen P. Mark, que coordenou o estudo. 

Por que os homens perdem apetite sexual?

Segundo os pesquisadores, existem três razões principais para que os homens percam o apetite sexual : individual, interpessoal e social. As questões individuais que afetam esse desejo podem incluir problemas físicos, como disfunção erétil e outros problemas causados pelo efeitos colaterais de medicamentos, até saúde mental. 

Já os demais envolvem “a pressão que eles sofrem para serem sempre sexualmente ativos”, já que existe a suposição de que eles são sempre quem inicia o sexo em um relacionamento heterossexual. Da mesma forma, é socialmente aceitavel que a libido feminina seja variável e possa subir e descer durante a vida da mulher, mas, por causa de noções pré-concebidas, se o mesmo acontece com os homens, eles podem ficar frustrados, o que pode ser prejudicial.