Como é ser assexual e ter um relacionamento? Confira relatos de 4 mulheres
Ao contrário do que muita gente pensa, é, sim, possível que pessoas que seguem essa orientação sexual se envolvam romanticamente com alguém
Ao contrário do que muita gente pensa, homossexualidade, bissexualidade e heterossexualidade não são os únicos caminhos que as pessoas podem seguir quando o assunto é sexualidade. Apesar de haver debates sobre o fato de algumas delas serem preferências sexuais em vez de orientações, muita gente se identifica como demissexual – pessoas que só sentem vontade de transar com quem têm um envolvimento emocional –, sapiossexual – aquelas que consideram a inteligência o fator que mais provoca desejo sexual – e até assexual – quem simplesmente não se interessa por sexo.
Quando se trata da última orientação, há quem acredite que uma pessoa assexual é aquela que se priva do sexo. No entanto, ao contrário de pessoas que, por questões religiosas ou de preferência, optam por não transar, pessoas que se identificam com a assexualidade não têm vontade de fazer sexo e não sentem nada ao fazê-lo. Ao mesmo tempo em que é comum ouvir por aí que o sexo é uma parte importantíssima do relacionamento, algumas internautas usaram o “Ask Women” – fórum do Reddit voltado apenas para mulheres – para explicar como é a vida de casal para quem segue essa orientação:
“Posso dar prazer a alguém”
“Sou uma mulher assexual e adepta do poliamor. Eu tenho relacionamentos aqui e ali e é difícil, mas principalmente pela parte do poliamor, não pela assexualidade. Minha relação atual funciona particularmente bem porque meu parceiro tem a libido baixa. Minha assexualidade não costuma ser um problema em outros relacionamentos porque, ao mesmo tempo em que eu não desejo ou me beneficio do contato sexual, eu não sinto repulsa por ele, então é gratificante a ideia de que eu posso dar prazer a alguém” – MumblingInTheCrypts.
“Você ainda sonha com uma vida a dois”
“É como uma relação ‘normal’, exceto pela parte em que você vai para a cama e realmente dorme e há menos toques nos genitais. Vocês ainda se amam e consideram um ao outro bonitos e fofos. Ainda há abraços, toques afetuosos, beijos felizes e você sente vontade de passar tempo com a pessoa. Você ainda faz favores para ela e sai em encontros. Ainda sonha com uma vida a dois e discute sobre quem deveria lavar a louça. Ainda compartilha das alegrias e dores da pessoa, a encoraja a dar o melhor de si e simpatiza com ela quando ela tem um dia ruim no trabalho.
Vocês ainda pregam peças um no outro ou fazem pequenos sacrifícios para ver o outro sorrir. Ainda acorda cedo para trabalhar e observa seu parceiro dormir, sentindo paz e adoração nas calmas manhãs. Sério, fora a falta de conotações e contato sexual, eu realmente não acho que há uma diferença” – Daitoshi.
“É por amor, não por desejo”
“Estou em um relacionamento sério e à distância há três anos. Nós nos vemos a cada três ou cinco meses. Nós nos amamos e amamos passar tempo juntos, seja perto ou longe. Acho que a maior diferença é que a intimidade é por amor, não por desejo” – EirieMorebi.
“Ele gosta da nossa conexão”
“Ser assexual é sobre a ausência de atração sexual, não ausência de atração física. Estou com meu parceiro há mais de sete anos e o sexo não acontece. Eu também não sou uma pessoa que curte muito toques. Dar uns amassos não me causa nada. Ele tem a libido baixa e acredita que há mais que sexo em um relacionamento. Ele gosta da nossa conexão e nós temos mais que apenas uma amizade” – Vilestrawberry.
Fonte: Delas – iG /vavadaluz