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Blog do Vavá da Luz

Wellington e Maranhão sabem que Vené telefona todo dia para Agra?

 

Como já dissemos em artigos anteriores, a composição das chapas majoritárias para eleições de 2014 será uma dor de cabeça pra todos os candidatos ao governo, seja o próprio Ricardo Coutinho, sejam os candidatos de oposição. Afora às questões de cunho político, o problema está na matemática. A quantia de duas vagas na chapa para oferecer em troca de apoio dificulta a ampliação ou manutenção das alianças.

Ricardo Coutinho, como também já registramos, vai ter que compatibilizar desejos entre Cássio, o PSDB e o vice-governador Rômulo Gouveia.

O ex-prefeito Veneziano Vital do Rego (PMDB), pela oposição, também não terá facilidades. Pressionado por Wellington Roberto, do PR, primeiro partido a anunciar apoio a sua candidatura, antes mesmo do PMDB, Veneziano tem ainda que acalmar os anseios de José Maranhão e compatibilizar as exigências do PT de Dilma e Luciano Cartaxo.

Publicamente, Wellington já mandou o recado pelo filho, o deputado estadual Caio Roberto. Considera que a vaga de senador é dele e ponto final. O PT de Luciano Cartaxo, caso não lance candidato, considera que também uma vaga garantida numa eventual chapa do PMDB. Seja de senador, seja de vice-governador. Ao lado de tudo isso, Veneziano ainda dorme sob o olhar sempre voraz do ex-governador Zé Maranhão, presidente do PMDB paraibano, que já disse que só deixará a política quando deixar a vida.

Pra escapar a pressão, Veneziano desafoga seus reais desejos no ex-prefeito Luciano Agra, ainda sem partido e uma incógnita no tabuleiro. Telefona para o ex-prefeito de João Pessoa, que deixou a gestão com avaliação popular indiscutivelmente melhor do que a do Cabeludo em Campina, quase todos os dias. Deseja-o na sua chapa, fazendo contraponto em João Pessoa a Ricardo Coutinho.

Só que a indefinição de Agra quanto ao partido martiriza Veneziano. Pra ele, o sonho é Agra filiado ao PT e indicado por Luciano Cartaxo, o que representaria “matar dois coelhos com uma vaga só”.

Porque nessa costura toda, Veneziano parece deixar claro que deseja ter em sua chapa apenas o tempo de TV do PT e o conceito de Luciano Agra. Tanto que nessa jornada toda Veneziano só fez questão de divulgar dois encontros políticos: um com Agra e outro com Cartaxo. Nada de destaque a conversas com o “senador” Wellington, nem com o “senador” Maranhão. 

Publicamente, são tratados como reservas.

Luís Tôrres