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VEJA O QUE DIZ SEU LUIS E EU ASSINO EM BAIXO : E vai errar de novo ?

Sejamos diretos. Um dos principais erros políticos que o prefeito Luciano Agra cometeu foi ter antecipado ou permitido a antecipação ainda nos anos passados, seja por falta de malícia ou necessidade pessoal, o processo eleitoral de 2012.
No lugar de afastar de si desde 2010 a tese de que seria candidato à reeleição, Agra, sempre pressionado pela imprensa a falar do então distante 2012, confessou ser candidato à reeleição. Deveria ter, como todos fazem, negado até a morte.
Virou alvo e presa fácil nas mãos dos opositores. Candidato à reeleição, levou pau no lombo. Tinha obrigação de se sair bem nas entrevistas políticas. Passou a ser cobrado por vereadores, lideranças políticas e tudo mais.
Sua vida, como ele mesmo já confidenciou, virou um inferno.
A paz veio com a renúncia à reeleição. Agra jogou tudo pra cima. Virou prefeito. Somente prefeito. O que já é grande coisa. Arejou a cabeça. Focou na gestão. Deixou de ser cobrado, já que as atenções e cobranças se voltaram para os demais candidatos da base de Ricardo Coutinho, especialmente Estelizabel Bezerra.
A oposição, como não poderia deixar de ser, o esqueceu. Tirou Agra de pauta para canalizar as energias nos verdadeiros candidatos que vão enfrentar.
Resultado: a gestão municipal ultrapassou a casa dos 70% de aprovação e a rejeição do prefeito socialista é hoje uma das menores entre os candidatos postos.
Apesar de tudo isso, o prefeito Luciano Agra está em vias de cometer o mesmo erro de outrora. De repetir a mancada. Insuflado pela boa aceitação popular, já demonstra cara de satisfação ao falar em voltar a ser candidato. Não consegue, como já registramos, esconder, interna e, agora, externamente, que nutre esse desejo.
Dá tuitadas neste sentido. E, agora, até em entrevistas já passa admitir a especulação natural. Erro crasso. Sem saber, Agra está se deixando levar para o mesmo caminho que o fez viver uma crise que culminou com a renúncia. Além, claro, de atrapalhar a caminhada de Estela.
Corre o risco de voltar a ser alvo da oposição, que não é besta e já começa a sentir o cheiro do perigo com o avanço do “companheiro Agra” na população de baixa, média e alta renda pessoense.
Deveria manter-se tão firme quanto o cara que escreveu a carta de renúncia. Ressaltando que iria focar somente na gestão. Que não é político. E que se sente realizado por fazer o bem a João Pessoa e nada mais.
É esse cara que o pessoense aprendeu a gostar. O outro, vocês sabem, não estava tão bem assim.
Quanto à possibilidade da volta, Agra tem que deixar que o povo, se for o caso, faça isso por ele. Mas no dia 30 de junho. E como se não soubesse de nada. Tal qual o aniversariante que recebe um presente cujo conteúdo já sabia, mas sem dispensar a cara de sincera surpresa.
 
Luís Tôrres