Tive sempre comigo, até hoje, vontade de aprender não só com os livros, mas também com as oportunidades que a vida me deu, para lançar minha vontade em simbiose com minhas oportunidades.
Num é que Klívia e Abdallah me chamam para uma conversa e me apresentam os mestrados internacionais que seriam validados depois no Brasil, nos países do Mercosul?
E foi “Por una Cabeza” que me dirigi às terras de Gardel, que eu já conhecia em viagem com Ana, minha mãe e Soraia Castro.
Apresento um projeto de Mestrado que é aprovado e me destino a Lá Plata, como estudante do Mestrado Brasil em Relaciones Internacionales, que tenho como objetivo discutir o papel do Processo Legislativo Brasileiro nos Tratados Internacionais.
Chegando na cidade de Lá Plata, encontro uma turma de brasileiros, onde seis pessoas se destacam, e parecia que aquele encontro era de ex-alunos da escola Nossa Senhora Aparecida, de minha infância em Boqueirão.
Dentro do seleto grupo, está Dr Diogo Dória, de Aracajú, grande Advogado, caba bom demais.
Passamos horas falando de todo o processo e ele sempre me apresentando o Direito delo Mar, uma das disciplinas mais desconhecidas para um Administrador especialista em Gestão de Pessoas.
Dr Diogo se torna amigo, filho e irmão, até o dia em que inventamos de cortar o cabelo nas barbearias argentinas. Passei o restante dos dias de boné e chapéu.
Solange Rastel, uma grandiosa executiva do Mato Grosso, ex-comissária de bordo, para nós, nossa irmã, e quem juntava e botava ordem em todos. Muitos passos pelas ruas de Lá Plata para cenar.
Dr Dentrio, outro grande Advogado, hoje Gestor das Docas, em Salvador. Baiano por natureza, ele tocou forró na Plaza de Maio, e em frente à igreja de Papa Francisco, em Buenos Aires, e assistimos ao credo juntos.
Kaymme chega quase Dorival no curso. Pernambucano de Arcoverde, o rei do cimento, dentre todos nós o melhor espanhol hablado. Adora dirigir depois de uns goles de bino.
Zé Rui, um grande músico Carioca. Compositor, jovem estudioso e de uma educação ímpar, que convivia com todos nós nesse misto de Brasis.
Uma grande lição e aprendizado nisso tudo. Nosotros éramos amigos e irmãos de outras vidas e tempos – até hoje temos saudades, um grupo de mestrado na Argentina. Sabe aqueles irmãos que temos que olhar o grupo sempre? Somos nós. Hoje, com o Instagram, nos tornamos também mais próximos.
A vida proporciona encontros no mundo que nem sempre sabemos explicar como isso acontece. Só sei dizer uma coisa: amizade para ser amizade é coisa que solidifica e dá saudade.
Neste artigo que escrevo, hoje falo que o maior título que tenho desse Mestrado foi o de ter encontrado essa turma que faz bem e faz falta.
Aproveitem os momentos que as vontades comungam com as oportunidades, e o resultado é legado e a danada da saudade.
Hoje eu me recomponho das aulas que leciono, em grandiosas lembranças de aprendizados argentinos, como a inesquecível aula das Ilhas Malvinas.
Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi… num é que RC tá certo?!
De um dia de domingo
Carlos Marques Dunga Jr