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Blog do Vavá da Luz

TURBULÊNCIAS DA VIDA (Prof. Marcos Bacalháo)

 “As oportunidades se revelam em meio as turbulências, por isso se torna tão difícil agarrá-las com uma certeza”

marcos baclhao 

Na travessia da existência, todos nos deparamos com momentos e situações de turbulência, em que o chão  parece ruir e em que nos sentimos sem forças para seguir caminhando. Uma primeira diferenciação que devemos fazer nestes momentos de turbulência é aquela entre realidades  externas e realidades internas. As perturbações que você sente estão fora ou dentro de você?

            Independentemente o que ocorre fora de nós, sempre é mais importante a maneira como reagimos às circunstâncias em que nos encontramos. Assim, podemos nos ver em meio  a uma situação de calamidade natural, familiar ou emocional; mas se estivermos centrados e conectados com o nosso ser real, estas calamidades não serão capazes de roubar nosso equilíbrio e não conseguirão exercer controle sobre nós.

            Quando nos encontramos num período ou situação de turbulência, uma das primeiras providências que pensamos em tomar é mudar nossas circunstâncias externas.  Assim, mudamos de casa, cidade, emprego, parceiro, buscamos novas atividades em nossa rotina. As mudanças externas podem servir como medidas temporárias de reequilíbrio  interno, mas caso não mergulhemos mais fundo, e não analisemos a real fonte de nossa perturbação, que é sempre no cerne do ser, em pouco tempo nos veremos capturados pelos mesmos tipos de turbulência.

            O primeiro e mais fundamental  passo para a mudança interna é a total honestidade consigo mesmo. E o passo seguinte é a compreensão e a aceitação da realidade encontrada. A honestidade para consigo e a aceitação das verdades de si trazem um grande senso de liberdade para o ser, como se um peso lhe estivesse sendo tirado da alma. E conseguimos novamente  fazer as pazes  com a nossa presente condição.

            Se algo lhe feriu no passado, e lhe prende em emoções daninhas até hoje, é necessário perdoar e esquecer, como se estivesse morrendo para o passado e renascendo para novas perspectivas. Quebrar com paredões negativos trazidos do passado não é fácil, mas basta que nos disponhamos a olhar para eles sob um novo prisma. E enquanto não conseguimos transformar estas memórias, vale ao menos procurar desapegar-se delas, desligando-se das mesmas e parando de alimentá-las.

            O mergulho para dentro de si pode ser realizado de forma segura com práticas meditativas, espiritualistas e terapêuticas que se pautem em verdades luminosas e valores elevados, como o amor, a conexão, a fraternidade e o perdão. Transformar-se é um ato de coragem que requer muita fé em si mesmo, na vida e em um poder maior. Em meio à escuridão, estes valores maiores são luzes que nos guiam e que doa sustentação ao ser.

            Quando nos identificamos com as coisas e com os outros externos, esquecendo-nos  de nós em meio a tudo e todos com quem nos relacionamos, nossa paz interior é roubada. Um bom trabalho sobre si permite que façamos as pazes com o nosso presente e que nos movamos para as relações com o mundo de forma positiva, frutífera e saudável. Por isso não devemos procurar DEUS apenas em momentos de turbulência. Procuremo-lo o silêncio do nosso coração, e quando senti-lo plenamente, agradecer e pôr   nossa vida em suas mãos.

 

                                                           Ingá, 18 de julho de 2013

            

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